Primeiros passos na Dieta sem glúten

Glúten: proteína vegetal encontrada em alguns cereais -
trigo, cevada, centeio (e na aveia, por contaminação do trigo).
Quando recebemos a notícia do diagnóstico e a recomendação da dieta sem glúten, a primeira pergunta que nos vem à cabeça é: "e o que eu vou comer"? Com o tempo vamos conseguindo compreender melhor o que é o mundo sem glúten e desenvolvemos estratégias para conseguirmos sobreviver num mundo onde o glúten se tornou onipresente.
A dieta sem glúten consiste em tirar todos os alimentos que tem na sua composição esses cereais e substituí-los por outros alimentos. Podem ser usados nessa substituição:
- farinha de arroz / creme de arroz
- farinha de milho / fubá / amido de milho (maisena)
- farinha de mandioca / polvilho doce / polvilho azedo / tapioca / sagu
- fécula de batata
- farinha de coco
- farinha de amendoas
- farinha de banana verde
É possível fazer bolos, pães, pizzas, salgados, doces, massas sem glúten. Em nosso site temos muitas receitas e hoje já é mais fácil encontrar produtos sem glúten industrializados, embora em sua maioria ainda sejam mais caros do que os produtos COM glúten.
Mas o principal na alimentação de quem faz dieta sem glúten é o consumo de alimentos frescos e naturalmente sem glúten:
- legumes, verduras, raízes e frutas
- carnes, ovos, leite (para os que não tem intolerância ou alergia)
- azeite de oliva e óleo de coco
- oleaginosas e sementes: castanhas, amendoas, linhaça, gergelim, chia, etc.
- leguminosas: feijões, grão de bico, ervilhas, lentilha, etc.
- cereais: arroz e milho
Assim que recebemos o diagnóstico devemos buscar a orientação de um nutricionista que conheça bem a doença celíaca e a sensibilidade ao glúten. Essa orientação inicial é importante, para que possamos repor nutrientes, recuperar ou perder peso de forma saudável, mudar nossos hábitos alimentares, receber informações corretas sobre o valor dos alimentos e a melhor forma de consumí-los. Leia o material produzido pela Dra Juliana Crucinsky, nutricionista e consultora técnica da ACELBRA-RJ com as orientações iniciais:
clique em: 10 passos para a alimentação do celíaco
É preciso depois aprender sobre como organizar a cozinha, planejar as compras e, principalmente, sobre como educar as pessoas à nossa volta sobre os cuidados com nossa dieta.
Leia o Manual do Celíaco (clique aqui) e compreenda melhor como se proteger do glúten.
O que mais preocupa as pessoas que precisam viver 101% longe do glúten é a contaminação cruzada por glúten. Esse é o nosso "calo", é o nosso fantasma e infelizmente a Sociedade de uma maneira geral, não sabe o que é isso e ainda encara nossos cuidados com nossa saúde como "frescura" ou "paranóia". Mas a informação é nossa aliada e temos avançado nesse ponto. Ainda há muito a ser conquistado, mas os celíacos vem trabalhando para que nosso país reconheça nossa condição e respeite nossos direitos.
Raquel Benati
junho de 2013
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