Laboratórios para análise de presença de glúten em alimentos:
LABCAL - UFSC
www.labcal-cca.ufsc.br/
[email protected]
Rod. Ademar Gonzaga, 1346 Itacorubi - Florianópolis - SC CEP 88034-001
TEL (48) 3721-5391
(48) 3721-5392
FAX (48) 3334-2047
Food Intelligence - SP
www.foodintelligence.com.br
LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE ALIMENTOS LTDA
Rua Pássaros e Flores, 141 Bairro Jardim das Acácias
São Paulo - SP
CEP 04704000
Tel (11) 5049.2772
Fax (11) 5049.2100
CEREAL CHOCOTEC - ITAL
http://www.ital.sp.gov.br/cerealchocotec/
Laboratório de Análise de Alimentos
[email protected] , [email protected]
Av. Brasil, 2880
Campinas - SP
CEP 13070-178
TEL (19) 3743-1960
(19) 3743-1961
FAX (19) 3743-1963
RECEITAS sem glúten
Blogs:

Sabores da Cozinha
sem glúten
(Josy Gomez)

Cozinhando sem glúten
(Gilda Moreira)

Receitas sem glúten e sem leite da Claudia Marcelino

My Delishville
Receitas sem glúten da Leila Zandona
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NOTÍCIAS
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As notícias divulgadas aqui são pesquisadas em páginas da Internet, sendo exibida a fonte original. Para maiores detalhes acesse o endereço fornecido. Se você quer mais informações científicas sobre doença celíaca, pesquise em nossa página: Artigos. Para ler as notícias antigas, clique aqui: Notícias anteriores .
2014
Grupo Dr. Schär anuncia sede no Brasil
Desde que chegou ao mercado brasileiro, em 2012, a empresa italiana líder mundial em alimentos sem glúten vem conquistando um número cada vez maior de consumidores. Diante do sucesso da marca, o grupo estrangeiro decidiu iniciar uma operação própria no país, além de ampliar o portfolio de produtos oferecidos a partir de 2015. Até então, a Schär era representada no Brasil pela Mentor Foods, importadora exclusiva da marca, com sede em Curitiba. As atividades iniciaram em 2012 com 150 pontos de vendas e 16 itens no catálogo de produtos. Dois anos depois, já são mais de dois mil pontos de vendas em todo o Brasil e 27 produtos disponíveis na linha.

A decisão de intensificar sua operação no país se deve à dinâmica do mercado brasileiro, à grande aceitação aos produtos e ao potencial de expansão do consumo de alimentos sem glúten. “Nos últimos dois anos o Brasil aumentou expressivamente sua representatividade e importância nas vendas do Grupo Schär, o que significa que o mercado brasileiro está amadurecendo em diagnósticos clínicos da Doença Celíaca e compreendendo melhor a importância de uma alimentação sem glúten segura, com altos valores nutricionais. Estes fatores nos levam, em parceria com empresários brasileiros, a investir em uma operação própria, que irá somar o conhecimento local com a nossa experiência internacional de mais de 30 anos”, explica Ulrich Ladurner, presidente do Grupo Dr. Schär. “Hoje nosso portfolio internacional conta com mais de 120 produtos. No Brasil, oferecemos 27 e, até o final de 2015, serão cerca de 35 itens na linha, entre pães, massas, farinhas, cereais e biscoitos”, enumera a Diretora Comercial da Dr. Schär Brasil, Ticiana Costa.
Em 2013, o grupo Dr. Schär atingiu um volume total de vendas na ordem de 230 milhões de euros com uma participação de mercado na faixa de 40%, o que o coloca na liderança da categoria de alimentos sem glúten. A parceria entre empresários brasileiros e o grupo italiano já vem gerando resultados em outras áreas de negócio. Recentemente, o Grupo Dr. Schär passou a importar soja brasileira sem transgênicos para fabricação dos produtos na Europa. Diferenciais Dr. Schär Segundo Ticiana Costa, um grande diferencial da marca italiana é a certificação comprovada de todos os produtos. “A Dr. Schär é pioneira na fabricação de alimentos sem glúten e conta com importantes certificações internacionais, entre elas a Gluten Free Certification Organization; a FACE (Federação das Associações de Celíacos da Espanha) e a certificação concedida pela Associação de Celíacos do Reino Unido. Estes selos garantem a procedência, a qualidade e, principalmente, o risco zero de contaminação dos produtos, fator de extrema importância ao consumidor celíaco e com sensibilidade ao glúten”, explica.
Com a chegada dos produtos no varejo brasileiro em 2012, a empresa se adaptou às necessidades brasileiras, levando em conta o complexo processo logístico na importação dos produtos para comercialização. Lotes de pães especiais, que saem da fábrica da Itália, possuem prazos de validade mais longos. “A Dr. Schär preza por oferecer ao mercado brasileiro produtos ainda mais seguros, além de saudáveis e saborosos”, defende Ticiana. Como a missão da marca é oferecer maior qualidade de vida aos portadores de Doença Celíaca, àqueles com sensibilidade ao glúten e também ao público adepto de uma alimentação mais saudável, toda a linha Dr. Schär apresenta excelentes valores nutricionais: os produtos são enriquecidos com fibras e vitaminas, e também existem opções sem lactose, ovos e outros possíveis alergênicos, todos facilmente identificados nas embalagens. E por falar em embalagens, a atenção é máxima neste quesito: a empresa oferece diversas opções com porções individuais, versões com selos para fechar o pacote e, principalmente, alta tecnologia de envase, que permite produtos sem conservantes mesmo com prazos de validade confortáveis, sem a necessidade de refrigerar ou congelar.
Fonte:
http://mentorfoods.com.br/noticias/grupo-dr-schar-anuncia-sede-no-brasil/
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Mais uma lei aprovada !!!
Gôndolas específicas para produtos sem glúten e sem lactose nos supermercados do Estado do Rio de Janeiro
Estado do Rio de Janeiro agora tem lei sobre a obrigatoriedade de supermercados terem gôndolas específicas para produtos sem glúten e sem lactose. A lei nº 6.759/2014, de autoria da deputada Graça Pereira (PRTB) foi publicada nesta sexta (25/04/2014) no
Diário Oficial do Legislativo.
Clique para ler o texto da Lei

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2013
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UEZO LANÇA PROGRAMA PARA ORIENTAÇÃO DE PESSOAS COM INTOLERÂNCIA A GLÚTEN
04/12/2013 - 14:00h - Atualizado em 04/12/2013 - 14:00h
» Ascom da Uezo
Projeto começa nesta sexta-feira, com encontros a cada dois meses para divulgação de informações
A Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) lança, nesta sexta-feira (6/12), um programa para apoiar celíacos e responsáveis por crianças portadoras de doenças celíacas. Coordenado pela professora dos cursos de Farmácia e Tecnologia em Produção de Fármacos Sabrina Dias, o projeto tem como objetivo criar um Centro de Convivência de Celíacos, que promoverá encontros a cada dois meses.
- Vamos oferecer um ponto de apoio para troca de informações entre os portadores da doença - afirmou a nutricionista.
O primeiro encontro será realizado em parceria com a Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra/RJ), e terá palestra e oficina. As dez primeiras pessoas que se inscreverem para assistir à palestra poderão participar da oficina de culinária com a nutricionista Flávia Ribeiro. Em seguida, haverá o debate com a vice presidente da Acelbra-RJ, Ester Benatti, sobre "Doença Celíaca sob a perspectiva do Celíaco". Haverá ainda lanche sem glúten e sorteio de brindes. A palestra está marcada para as 15h.
A doença celíaca é uma patologia autoimune que afeta o intestino delgado de adultos e crianças. É estimado que no Brasil mais de 1 milhão de pessoas tenham a doença. Sintomas comuns, como diarréia e fadiga, fazem com que muitos não tenham o diagnóstico correto. O tratamento consiste basicamente em orientação nutricional sobre a dieta sem glúten.
O evento é gratuito e aberto para todas as pessoas. Inscrições e informações pelo e-mail [email protected].
A Uezo é uma instituição do Governo do Estado do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, localizada na Avenida Manuel Caldeira de Alvarenga, 1.203, em Campo Grande.
Serviço
Data: 6 de dezembro de 2013
Horário: 15h
Local: Auditório da Uezo – Rua Manuel Caldeira de Alvarenga, 1.203, Campo Grande – RJ (No mesmo prédio do Instituto de Educação Sarah Kubtischek)
Evento Gratuito
Inscrições e informações pelo e-mail: [email protected]
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JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE - Rio 2013
Alimentação Especial para os peregrinos celíacos:
Kit montado através de processo de licitação, atendendo ao cardápio elaborado pela Comissão Organizadora, onde a Nutricionista Dra Noadia Lobão (consultora técnica da ACELBRA-RJ) e Miriam Francisca ( presidente da ACELBRA-RJ) fizeram parte, representando a FENACELBRA.
Foram encomendandos 270.000 bolinhos sem glúten ( GRANI AMICI)
e 500.000 cookies sem glúten (GOOD SOY) !

Embalagem do Kit celíaco de
café da manhã.
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Paroquia São Marcelino Champagnat - RJ
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Embalagem do Kit celíaco de
café da manhã.
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CONFIRA ENTREVISTA DO PLANETA ORGÂNICO COM MIRIAM FRANCISCA, PRESIDENTE DA ACELBRA-RJ (ASSOCIAÇÃO DE CELÍACOS DO BRASIL – RJ), SOBRE A PARTICIPAÇÃO NA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE E O TRABALHO DO RIO SEM GLÚTEN
Como a ACELBRA-RJ avalia sua participação na JMJ até o momento?
Miriam: Como mais uma conquista, desde a criação da Associação em 2005, e constatando o reconhecimento do nosso trabalho, pois temos obtido de vários setores, em âmbito estadual e nacional, o devido crédito, a despeito dos muitos obstáculos ainda enfrentados. O convite para participar deste evento corrobora esta constatação e estamos contando com uma grande torcida para que nosso propósito, ao participarmos da JMJ, seja alcançado e consigamos proporcionar aos Peregrinos Celíacos ou sensíveis ao glúten (proteína encontrada no trigo, aveia, centeio e cevada) uma alimentação segura, saudável, saborosa e nutritiva. Estima-se que cerca de dois milhões de pessoas no Brasil sejam acometidas pela doença celíaca, mas a maioria não tem diagnóstico. A iniciativa da JMJ em contemplar essa parcela da população brasileira (além da estrangeira) presente ao evento será, sem dúvida, um marco para impulsionar nosso trabalho – atualmente em plena campanha “RECONHECER A DOENÇA CELÍACA”, desenvolvida por nossa federação – a FENACELBRA. O trabalho da Federação vai além de orientar e acolher celíacos diagnosticados mas, também, em sensibilizar os representantes do Poder Público e os profissionais da área de Saúde (dos Estados e dos Municípios de nosso País) em promoverem ações para realização do diagnóstico dos que são celíacos e não sabem.
Como restaurantes da JMJ podem se preparar para apresentar pratos que atendam ao celíaco?
Miriam: Aderindo ao curso à distância idealizado pelas Dras. Noádia Lobão, uma das Consultoras Técnicas, voluntárias, da ACELBRA-RJ e Lucélia Costa – presidente da Fenacelbra – ambas nutricionistas. O curso visa a capacitação dos profissionais dos restaurantes que se integrarem à JMJ, quanto ao preparo da alimentação, primando para que os pratos a serem ofertados, tanto para os Peregrinos Celíacos como para pessoas que tenham “sensibilidade ao glúten” sejam elaborados de forma segura e livre de contaminação cruzada por essa proteína. Ressalto que a Dra. Noádia foi a responsável, também, pela elaboração do Kit Peregrino isento de glúten. Os interessados pela capacitação devem acessar, além do restrio2013.com, os seguintes sites:
http://www.fenacelbra.com.br/fenacelbra/cadastro-jmj
A ACELBRA-RJ possui artigos relacionados a este assunto?
Miriam: Com certeza. Temos muito material e os mais recentes elaborados para a Campanha citada, como os pertinentes ao II COINE – Congresso Internacional de Nutrição Especializada, específico para nossa problemática, realizado em maio pp., pelo Centro Brasileiro de Pesquisa e Apoio Nutricional – CBAN, dirigido pela Dra. Noádia Lobão, com o apoio da FENACELBRA e ACELBRA-RJ.
Como sugestões cito dois que podem ser vistos nos seguintes links:
https://riosemgluten.com/10_passos_celiacos_Juliana_Crucinsky.pdf
https://riosemgluten.com/doenca_celiaca_sensib_gluten.htm
http://planetaorganico.com.br/site/index.php/entrevista-rio-sem-gluten-jmj/

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Participantes receberão “Kit Peregrino”, com destaque para o “Kit sem Glúten”

A Jornada Mundial da Juventude - JMJ Rio2013, sediada no Rio de Janeiro entre os dias 23 a 28 de julho - marcará a primeira visita do Papa Francisco em solo brasileiro e contará com a presença de aproximadamente 2,5 milhões de jovens católicos de todo o mundo. A JMJ, que teve início oficialmente no ano de 1986, terá um sabor especial em 2013 para as pessoas diagnosticadas celíacas - uma doença autoimune caracterizada pela intolerância permanente ao glúten, substância encontrada no trigo, centeio, cevada, aveia e malte.
Para esse ano, a Arquidiocese do Rio de Janeiro convidou a ACELBRA-RJ (Associação dos Celíacos do Brasil - Seção/RJ) e a FENACELBRA (Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil), para participarem das reuniões realizadas pela comissão responsável pela alimentação que irão elaborar o cardápio para o “Kit Peregrino”, que será distribuído aos participantes do evento.
“A presença da Associação e da Federação dos celíacos será de extrema importância para garantir uma alimentação saudável aos peregrinos celíacos ou sensíveis ao glúten. Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil sejam acometidas pela doença, mas sem diagnósticos. A iniciativa da Arquidiocese é sem dúvida um marco para a organização dos próximos grandes eventos, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, por exemplo”, afirma Miriam Francisca da Silva, presidente da ACELBRA-RJ.
O “Kit Peregrino” foi planejado de modo a fornecer os macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) necessários ao atendimento das necessidades diárias dos participantes. Segundo a presidente da Fenacelbra, Lucélia Costa, o “Kit sem Glúten” - elaborado pela Dra. Noádia Lobão, nutricionista e uma das consultoras técnicas que apóia voluntariamente a Acelbra-RJ - será fornecido na proporção de 10% do total dos kits que serão distribuídos. “Essa quantidade visa atender não só os portadores da doença, mas também as pessoas que apresentam sensibilidade ao glúten”, salienta.
Além da elaboração do “Kit sem Glúten”, a Dra. Noádia contou com o apoio da ACELBRA-RJ e a FENACELBRA na organização de um curso de capacitação para os funcionários dos restaurantes inscritos no programa da JMJ, com o objetivo de ensiná-los a elaborar o prato “O Carioca”, na versão sem glúten. Esta refeição será composta pelo prato principal com carne, peixe, aves ou ovos, acompanhamento de arroz e feijão, massas, farofas, suflês, verduras, legumes refogados, saladas e sobremesa, e foi pensada pela comissão da JMJ como sugestão de cardápio dos estabelecimentos credenciados. “Essa é uma iniciativa que proporcionará, além da inclusão social do celíaco, o despertar e interesse da sociedade para esta doença, que ainda precisa ser muito divulgada à população brasileira”, defende Miriam.
Os “Kit Peregrino” e “Kit sem Glúten” serão distribuídos para suprirem as refeições de desjejum, lanche, almoço e jantar nos dois últimos dias do evento, visto que no local de encerramento da JMJ Rio2013 não há estabelecimentos que possam servir, a contento, as refeições na quantidade de peregrinos que para lá se deslocarão.
Para mais informações sobre a alimentação na JMJ Rio2013, acesse:
http://restrio2013.com.br/
http://restrio2013.com.br/jmjtenhoumrest.htm
http://www.fenacelbra.com.br/fenacelbra/cadastro-jmj
Sites a consultar sobre este assunto:
Fenacelbra: www.doencaceliaca.com.br
CBAN: http://www.cban.com.br/v2/?page_id=1708
Fonte:http://www.segs.com.br/demais-noticias/124946--jornada-mundial-da-juventude-tera-alimentacao-especial-para-celiacos.html
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Alergia Alimentar: isso não é piada!
Lei que prevê embalagem com informação sobre glúten
completa 10 anos nesta quarta
No dia 16 de maio de 2013, a lei que tornou obrigatória a identificação dos alimentos com glúten nas embalagens ou rótulos (10.674/03) completou 10 anos. O objetivo da lei, aprovada na Câmara em 2001, é permitir que as pessoas alérgicas ao glúten ou que tenham a doença celíaca identifiquem a presença do componente e não consumam o alimento.
A doença celíaca afeta aproximadamente 2 milhões de brasileiros, mas a maioria das pessoas não sabe que tem a enfermidade, provocada pela intolerância permanente ao glúten. De cada oito celíacos, apenas um tem o diagnóstico. Essas pessoas não podem ingerir alimentos como pães, bolos, bolachas, macarrão, coxinhas, quibes, pizzas, cerveja, whisky e vodka, quando esses alimentos possuírem o glúten em sua composição ou processo de fabricação.
O médico Leandro Rodrigues, especialista em doença celíaca, explica que a enfermidade se manifesta geralmente na infância, entre o primeiro e o terceiro ano de vida. Mas ela pode surgir em qualquer idade, inclusive adulta. Leandro Rodrigues afirma que o tratamento é simples - basta não ingerir glúten: "A doença celíaca é uma doença autoimune onde a principal manifestação é a diarreia. Mas, em casos mais graves, a complicação da doença celíaca pode ocasionar até câncer na pessoa. Se ela tem suspeita de doença celíaca, ela procura um centro de atendimento, e aí diagnostica e faz o tratamento certo. Mas uma pessoa que não trata, que não segue a dieta à risca e continua consumindo glúten, ela pode desenvolver câncer de intestino”.
O diagnóstico da alergia ao glúten e da doença celíaca é relativamente simples, basta fazer um exame de sangue e a biópsia do intestino. Para facilitar o acesso das pessoas ao diagnóstico e tratamento dessas enfermidades, a Comissão de Seguridade Social da Câmara está analisando projeto da deputada Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo, que obriga hospitais do Sistema Único de Saúde a realizar os exames de diagnóstico.
O relator, deputado Manato, do PDT do Espírito Santo, recomenda a aprovação do projeto. Ele falou que o Brasil tem condições de implementar a lei e enfrentar a doença: "Sim, está preparado, porque o tratamento é única e exclusivamente parar o contato. Se a pessoa não se alimentar desses alimentos que contêm o glúten, ela está curada”.
O presidente da Associação dos Celíacos do Brasil, Paulo Roberto da Silva, afirma que o projeto vai facilitar o diagnóstico da doença. "Antes, a gente não tinha lugar nenhum para fazer o exame, a não ser os laboratórios particulares que são caros, é caro o exame. Com esse projeto é que o celíaco vai ter... o celíaco não, nem falo o celíaco: as pessoas que têm os sintomas da doença celíaca - diarreia, dores abdominais - vão chegar no médico, o médico já pede o exame e faz”.
Como o principal tratamento da alergia ao glúten e da doença celíaca é uma dieta sem glúten, o projeto obriga o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome a distribuir cestas básicas com produtos que não contenham glúten aos pacientes de baixa renda. Nas escolas públicas, os portadores dessas doenças também vão ter direito à merenda escolar especial, sem o glúten.
De Brasília, Renata Tôrres
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/ULTIMAS-NOTICIAS/442654-LEI-QUE-PREVE-EMBALAGEM-COM-INFORMACAO-SOBRE-GLUTEN-COMPLETA-10-ANOS-NESTA-QUARTA.html
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ACELBRA-RJ participa do evento GREEN RIO,
nos dia 08 e 09 de maio de 2013
Dias 8 e 9 de maio, no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, aconteceu a segunda edição do evento Green Rio, organizado pelo Planeta Orgânico. Este ano o Green Rio veio acompanhado do Rio Orgânico, promovendo a parceria de iniciativas sustentáveis com o setor orgânico. Os temas `”Água” e “Produção e Consumo Sustentável” permearam todo o evento.
A ACELBRA-RJ esteve presente com o objetivo de divulgar a doença celíaca e o trabalho da Associação, em parceria com os organizadores da Jornada Mundial da Juventude, para garantia de alimentação especial ao jovens peregrinos alérgicos e/ou intolerantes e diabéticos.
Miriam Francisca, presidente da ACELBRA-RJ e Dra Noadia Lobão, Consultora Técnica da ACELBRA-RJ também fizeram contato com o SindRIO, visando ações que possam incentivar os Restaurantes, Bares e Hotéis do Rio em oferecerem atendimento especial ao celíacos e sensíveis ao glúten nos grandes eventos que a cidade irá sediar nos próximos 3 anos.
Miriam Francisca, presidente da ACELBRA-RJ /
Ana Mihrra, presidente do CAE-RJ/
Dra Noadia Lobão, Consultora Técnica da ACELBRA-RJ/
Miriam, Dra Noadia e Kátia, do SindRIO
Miriam no stand do SEBRAE
Miriam, Dra Noadia, Kátia, Chef Teresa Corção e
representantes do MAPA ( Ministério da Agricultura)
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Superior Tribunal de Justiça firma jurisprudência de que o Ministério Público é parte legítima para propor ação civil pública em defesa da vida e da saúde,
direito individuais indisponíveis
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) firmou jurisprudência sobre a legitimidade do Ministério Público para propor ação civil pública objetivando o fornecimento de cesta de alimentos sem glúten a pessoas portadoras de doença celíaca, como medida de proteção e defesa da saúde.
A decisão foi tomada pela Segunda Turma do STJ no Agravo em Recurso Especial nº 91.114/MG. Essa conclusão decorre do entendimento que reconhece a legitimidade do Ministério Público para a defesa da vida e da saúde, direitos individuais indisponíveis. Segundo a decisão do ministro Humberto Martins, relator do recurso especial, "a ação civil pública tem por objeto a proteção de direitos individuais indisponíveis, mais especificamente o direito à saúde e à vida. Por esse motivo, é pacífica a legitimidade ativa do Ministério Público para a defesa desses direitos".
Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria Geral da República
(61) 3105-6404/6408
http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_geral/mp-tem-legitimidade-para-propor-acao-para-fornecimento-de-alimentos-sem-gluten-a-celiacos
Leia mais sobre essa Ação Civil Pública de 2003 aqui: https://riosemgluten.com/ministerio_publico.htm
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Instituição quer desmistificar a doença celíaca no Brasil

Isis Valverde é celíaca e apoia a campanha da FENACELBRA
Reconhecer. Este é o mote da campanha lançada pela Fenacelbra - Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil. O objetivo é difundir o conhecimento sobre a celíaca - doença autoimune caracterizada pela intolerância ao glúten - para toda a comunidade científica, área de saúde, gestores públicos e sociedade em geral.
A Fenacelbra, que foi fundada em 2006, atua como porta voz e dá suporte às associações e grupos de celíacos de todo o país junto a instituições governamentais e privadas. Trata-se de uma organização civil, sem fins econômicos, que prega uma mensagem dirigida àqueles que ainda não sabem e/ou não querem “reconhecer” a doença celíaca.
Segundo a presidente da Fenacelbra, Lucélia Costa, a meta da campanha é desmitificar a doença celíaca, enfatizando a importância do diagnóstico precoce, evidenciando que as pessoas celíacas podem viver uma vida normal com uma dieta adequada e segura. “Queremos levar dignidade e qualidade de vida aos que vivem na invisibilidade. Quando se recebe o diagnóstico, ganha-se a capacidade de auto-gerir a saúde”, assegura.
A campanha, que será realizada de maio de 2013 a maio de 2014, terá o tema “Doença Celíaca: se você não reconhecer, nós diremos o que ela é”. O projeto de sensibilização nacional contará com a mobilização das catorze Associações de Celíacos do Brasil, as Acelbras, representadas nas cinco regiões do país. O lançamento da campanha será no II Congresso Internacional de Nutrição Especializada - COINE, que acontecerá nos dias 26 e 27 de abril no Rio de Janeiro.
Durante todo o período do projeto, haverá um conjunto de ações estratégicas tendo como base a conscientização através de folders, cartazes, faixas e bottons que serão distribuídos em espaços públicos como escolas, unidades de saúde, centros médicos, universidades, supermercados, bares e restaurantes. A Fenacelbra também colaborará com a imprensa, disponibilizando conteúdos relevantes e colocando-se à disposição para entrevistas e reportagens sobre o assunto. “Precisamos do apoio de todos para promover o reconhecimento da doença celíaca e assim, melhorar a qualidade de vida de tantas pessoas”, finaliza Lucélia.
Você “reconhece” a doença celíaca?
A doença celíaca é uma doença autoimune caracterizada pela intolerância permanente ao Glúten (proteína presente no trigo, centeio, aveia, cevada e derivados, como o malte). Esta doença é amplamente conhecida em muitos países, porém, no Brasil ainda há poucos diagnósticos, pela falta de divulgação no campo da saúde, que gera desconhecimento dos sintomas clínicos.
Pesquisas científicas apontam a alta prevalência da doença celíaca entre os povos expostos à alimentação que contenha glúten, como é o caso dos brasileiros. Devido à falta de estudos de prevalência com abrangência populacional no Brasil e considerando a etnia do brasileiro, fator de risco importante para a patologia, a aplicação de taxas internacionais torna-se pertinente para mensuração do problema no país. Assim, projetando os percentuais de prevalência sobre 1% da população mundial, teremos um número estimado de 1 milhão de brasileiros com doença celíaca em nosso país - e muitos ainda não sabem.
A doença celíaca não possui tratamento clínico medicamentoso específico. A única forma de intervenção é o controle rigoroso da ingestão alimentar, com a exclusão do glúten da dieta. No entanto, esta característica comumente exclui o celíaco do convívio social devido à restrição alimentar.
Números sobre a doença celíaca no Brasil e no mundo
• Afeta em torno de 2 milhões de pessoas no Brasil, mas a maioria delas encontra-se sem diagnóstico.
• Na Europa a prevalência oscila entre 1:150 e 1:300.
• Os estudos amostrais realizados em São Paulo, Ribeirão Preto e Brasília permitem estimar a incidência da doença em 1:214, 1:273 e 1:681, respectivamente. Esta constatação coloca o Brasil ao nível da população européia - a mais afetada.
• A doença celíaca pode aparecer em qualquer fase da vida, e atualmente, estima-se que a cada 400 brasileiros um seja celíaco.
• De cada oito pessoas que possuem a doença, apenas uma tem o diagnóstico.
• A doença celíaca é cosmopolita e afeta pessoas de todas as classes sociais. No Brasil a miscigenação vem rompendo a barreira etno-racial sendo diagnosticada entre os afrodescendentes e os povos indígenas.
Sobre a FENACELBRA:
www.doencaceliaca.com.br
(19) 3876 2124
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2012
A Dieta dos Nossos Ancestrais
(sem glúten)
Bruna Machado
A Dieta dos nossos Ancestrais – O que é e como funciona?
Todas as pesquisas publicadas sobre o assunto está em inglês. Mas um autor brasileiro, Caio Augusto Feury lançou um livro sobre essa abordagem nutricional com bases científicas em português. O livro chama-se A dieta dos nossos ancestrais.
Vejam a sinopse do livro: Caio Fleury leva o leitor a uma fascinante jornada ao longo da evolução do ser humano, comparando o estilo de vida, o tipo de alimentação e a incrível saúde de nossos ancestrais com a alimentação e o estilo de vida do ser humano moderno – marcado pelo sedentarismo, que, associado a uma alimentação rica em carboidratos de alta carga glicêmica, traz diversos danos à saúde.
Pela primeira vez no Brasil, A Dieta dos Nossos Ancestrais oferece um programa comprovado cientificamente, que inclui o consumo de uma variedade de alimentos com todos os nutrientes essenciais de que precisamos para perder peso e alcançar uma saúde superior. Se esse é o seu objetivo, A Dieta dos Nossos Ancestrais é ideal para você!
A DIETA DOS NOSSOS ANCESTRAIS: de onde surgiu isso, afinal?
O livro A Dieta Dos Nossos Ancestrais não se baseia apenas em um plano alimentar, mas sim um conjunto de práticas saudáveis baseadas no estilo de vida que nossos ancestrais do período paleolítico levavam, seguindo a premissa de que nossos genes foram moldados durante esta era dentro de determinadas condições ambientais, como alimentação, exposição ao sol, movimentação, etc, e por isso, estão mais adaptados a viverem naquelas condições.
Embora o mundo tenha mudado desde então, os nossos genes mudaram muito pouco, o que nos leva a concluir que viveríamos melhor se vivêssemos dentro de condições similares à do nosso passado nestes aspectos.
Quando esta dieta foi criada?
Vários cientistas, antropólogos e médicos ao redor do mundo simplesmente revelaram o que já existia – a dieta dos nossos ancestrais caçadores-coletores. Embora não houvesse uma dieta universal para os nossos ancestrais, existiam características comuns à eles: eles não consumiam derivados do leite, eles raramente ou nunca consumiam grãos como o trigo, aveia e cevada eles não consumiam açúcar refinado – com exceção de mel, que era disponível apenas sazonalmente – e obviamente, eles não consumiam comida processada, produtos que compõe boa parte da nossa dieta atual.
Tentando nos aproximar dos os grupos alimentares (carne orgânica, frutos do mar, vegetais frescos, frutas e nozes) que nossos ancestrais consumiam com os alimentos disponíveis hoje nos supermercados nós podemos melhorar muito nossa saúde.
Quem deve seguir esta dieta e por quê?
A dieta não serve somente para perda de peso em si, mas sim uma maneira de se alimentar para o resto da vida, melhorando todos os aspectos da saúde e bem estar. Por isso pode e deve ser seguida por qualquer pessoa.
Pessoas acima do peso podem e vão perder peso com esta dieta, mas mais importante do que isso, elas vão reduzir o risco de desenvolverem doenças crônicas como hipertensão, colesterol alto, osteoporose, doenças auto-imunes, males que fazer parte da nossa vida à medida que vamos envelhecendo.
Quais são os benefícios desta dieta?
Sendo bem direta: perda de peso (gordura), definição muscular (aumento da massa magra), melhorias no sono, melhorias no humor, aumento da sua claridade mental (nada de sonolência após as refeições), maior ganho de energia durante o dia (você vai se sentir disposto como nunca).
Você não precisa ter força de vontade nesta dieta, pois não é necessário restringir calorias. O número na balança não significa nada. Parece milagre, mas não é! É apenas o resultado de uma alimentação adequada para você, pois você está ingerindo o combustível que os seus genes foram programados para receber.
Quais alimentos fazem parte da dieta dos nossos ancestrais?
Segue uma lista bem básica do que você deve consumir:
➡ À vontade:
Verduras, carnes orgânicas, peixes,frutas, nozes, ovos sementes, chás, coco, caldos feitos à partir de osso, abacate, berries
➡ Com moderação:
Chocolate amargo, vinho tinto, queijos, tubérculos (mandioquinha, nhame, batata doce, batata*) e derivados do leite**
➡ Nunca:
Grãos (integrais ou refinados), óleos vegetais processados e alimentos processados em geral.
Por que esses alimentos devem ser consumidos com moderação? * batata: a batata comum possui um alto índice glicêmico, ou seja, quando a consumimos, o carboidrato (açúcar) é liberado no sangue mais rapidamente fazendo com que o seu corpo, em resposta, libere mais insulina para regular os níveis de açúcar no seu sangue. Como já sabemos, esse excesso de insulina no sangue é prejudicial à saúde e engorda. O que determina se você deve comer batata ou não é basicamente o seu metabolismo e como você responde à insulina. No entanto, se você está tentando perder peso, eu evitaria as batatas.
** derivados do leite: não são exatamente alimentos consumidos por nosssos ancestrais, pois eles não o consumiam depois da infância. Mesmo assim, alguns derivados como iogurte fornecem probióticos que ajudam a digestão. Além disso, manteiga e creme de leite (cru) oferecem grandes quantidades de gordura saudável. Em resumo, se você tolera bem leite e seus derivados, estes podem ser consumidos com moderação.
Eu preciso tomar algum suplemento com esta dieta?
Não. No entanto, se você não consome peixe regularmente (pricipalmente peixes de água fria, como salmão, atum e sardinha) é interessante tomar um suplemento de óleo de peixe, para melhorar seus níveis de ômega 3. Neste mesmo sentido, se você não toma sol com frequência (cerca de 15 min por dia já é suficiente), um suplemento de vitamina D também é aconselhável.
Por que essa dieta funciona?
Porque ela é geneticamente compatível com você. Os humanos modernos carregam uma cópia dos mesmos genes dos nossos ancestrais de Cro-Magnon de mais de 28 mil anos atrás. Pelo menos 70% dos europeus de hoje têm genes relacionados aos do pequeno grupo de homens de Cro-Magnon que conseguiu sobreviver à última era glacial. As origens das sete tribos de seres humanos da Europa podem ser traçadas a sete homens que viveram entre 100 mil a.C. e 40 mil a.C.
Por que, então, esse mesmo material genético, que antes expressava saúde, magreza e músculos nos nossos ancestrais, hoje expressa obesidade e doenças crônicas?
A resposta certamente está no ambiente em que os genes se expressam, ou seja, na nossa moderna sociedade abundante. O seu DNA é como uma receita, mude os ingredientes e você mudará o resultado. Nossos genes estão sujeitos aos sinais que enviamos à eles.
Com os sinais errados, uma pessoa saudável fica doente, assim como uma pessoa com peso normal fica obesa. Você só precisa identificar quais sinais fazem os genes certos se expressarem de maneira saudável e suprimir àqueles que podem estar destinados à acumular gordura, comprometer o sistema imunológico ou aumentar o processo inflamatório. E tudo isso você consegue com a dieta dos nossos ancestrais.

O livro pode ser encontrado em diversas livrarias como Livraria da Vila, Culturam Martins Fontes, Livraria Curitiba, Travessa, etc. Pela internet pelo "buscapé", "bom de faro", entre outros sites.
Para mais informações entre no site oficial do autor: www.primalbrasil.com.br
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Nova vacina pode oferecer cura para intolerância ao glúten
Injeção reprograma o sistema imune do corpo e impede que o organismo reaja ao glúten e desencadeie ataques ao intestino
Cientistas de uma empresa dos EUA criaram uma vacina capaz de permitir que pacientes com doença celíaca comam alimentos com glúten sem sofrer efeitos colaterais. A vacina, que recebeu o nome de NexVax2, reprograma o sistema imune do corpo de modo que ele não ataque o intestino em resposta ao glúten na dieta. As informações são do jornal Daily Mail.
Pessoas que sofrem com doença celíaca, ou intolerância ao glúten, não podem comer nada que contenha a proteína, encontrada no trigo, cevada e centeio. Não existe tratamento para a doença e os sofredores estão em maior risco de infertilidade, osteoporose e câncer de intestino, se não mantiverem uma dieta livre de glúten. A doença celíaca ocorre porque as proteínas nocivas do glúten danificam as pequenas projeções, chamadas vilosidades, que alinham o intestino delgado e ajudam a estimular a digestão. Quando danificadas e inflamadas, as vilosidades são incapazes de absorver os alimentos corretamente, o que muitas vezes provoca diarreia e desnutrição.
Carente de vitaminas e minerais da dieta, os ossos começam a enfraquecer, aumentando o risco de osteoporose. Estudos mostram que o risco de câncer de intestino também é maior, possivelmente porque o corpo não consegue absorver a fibra dietética que pode ajudar a proteger contra a condição. A vacina experimental, que está prestes a entrar em testes em humanos depois de ter sido avaliada com sucesso em laboratório, poderia ser um grande avanço.
NexVax2 funciona reprogramando o sistema imune do corpo de modo que ele não ataca o intestino em resposta ao glúten na dieta.
Depois de identificarem 3 mil fragmentos proteicos do glúten que causam danos ao organismo, os cientistas reduziram esse número a três, que pareceram explicar quase todos os casos da doença celíaca. A vacina contém esses pequenos fragmentos de proteínas que são responsáveis pelo desencadeamento exagerado do sistema imune durante o processo digestivo. Como eles são muito pequenos, o sistema imunológico não lança um ataque e, gradualmente, aprende a aceitar as proteínas como inofensivas. Durante uma série de vacinas subsequentes, a quantidade de proteínas introduzidas no corpo é aumentada gradualmente. Isto permite que o sistema imunológico habitue-se lentamente a níveis mais elevados de glúten de modo que, quando ele é reintroduzido na dieta, não desencadeia um ataque potencialmente devastador.
A empresa por trás da vacina, chamada Immusant Inc, espera que ela permita que as pessoas com a doença sejam capazes de comer pão como parte da dieta.
http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/31451/geral/-nova-vacina-pode-oferecer-cura-para-intolerancia-ao-gluten
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Mais uma opção segura de Turismo para Celíacos no Brasil

MSC (esquerda para direita): Matheus (Barmem), Michele (compradora no Brasil), Lucélia Costa - presidente da FENACELBRA e Luca Astegiano - Operations Manager - no escritório da MSC em SP.
Em 12 de setembro de 2012, a presidente da FENACELBRA, nutricionista Lucélia Costa, esteve na sede da MSC CRUZEIROS, companhia italiana de navios, para celebrar uma parceria. A Empresa está trazendo mais um navio na sua frota e oferecendo atendimento especial para celíacos (dieta sem glúten). Os produtos utilizados e as bebidas servidas no cardápio gluten free tem a chancela da Associação Italiana de Celíacos e agora terão, em águas brasileiras, a chancela da Federação Nacional de Associações de Celíacos do Brasil. Mais uma garantia de segurança alimentar para os celíacos que estiverem a bordo dos navios da MSC.
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08/07/2012 17:52 - Atualizado em 08/07/2012 17:52
Praça do Papa é palco de piquenique sem glúten
Pedro Rotterdan - Do Hoje em Dia - Belo Horizonte
Frederico Haikal/Hoje em Dia
Portadores da doença compartilharam experiências e alimentos sem glúten
Um piquenique na praça do Papa, no bairro Mangabeiras, zona Sul da capital mineira, somente com alimentos sem glúten, foi realizado neste domingo (8). Essa foi a forma que um grupo de 20 pessoas portadoras da doença celíaca (resistência à alimentos com a proteína) encontrou para chamar a atenção para essa disfunção genética. Eles alertam que muitas pessoas podem ter a doença sem saber.
Foi o caso da advogada Ana Cristina Drumond, que chegou a pesar 33 quilos. “Não tive diarreia, que é o principal motivo de desconfiança dos médicos. Fui perdendo muita massa muscular e ficando irritada demais. Perdi tanto peso, que meu pai chegou a preparar a minha filha para o pior. Agora, com a dieta sem glúten, estou bem e com muita disposição”, ressalta.
A doença não tem cura e só pode ser controlada seguindo uma dieta sem glúten. A proteína está presente em alimentos que levam trigo, centeio, cevada, aveia ou malte.
A presidente da Associação de Celíacos do Brasil Seção Minas Gerais, Ângela Pereira Diniz, afirma que existem muitas dificuldades para os celíacos. “Alguns não são convidados para festas porque não podem comer coisas do cardápio. Somente quem sofre com o problema é que pensa em alimentos alternativos para nossa dieta. Há pessoas que falam que temos frescura para comer”, diz.
A intolerância ao glúten pode aparecer em qualquer faixa etária e apresenta um conjunto de sintomas específicos que facilita o diagnóstico médico.
http://www.hojeemdia.com.br/minas/pra%C3%A7a-do-papa-%C3%A9-palco-de-piquenique-sem-gl%C3%BAten-1.8384
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Congresso Internacional de Nutrição Especializada e Expo sem glúten 2012
CBAN / FENACELBRA / ACELBRA-RJ
Dr José Cesar Junqueira fala no Congresso de Nutrição Especilizada 2012
Reportagem sobre a Superação Infantil
na convivência com restrições alimentares
(abril/2012)
Doença Celíaca: você pode ter e não saber
(legendado)
Aquela Garota
(legendado)
2011
Por que a doença celíaca é mal entendida ?
Se você tiver a doença celíaca , você pode passar sua vida inteira sem SABER. Por quê?
Vivemos dentro de uma estrutura médica que coloca as pessoas em caixas distintas, necessitando de MEDICAMENTOS específicos. "Mrs Jones, você tem diabetes - aqui está a sua prescrição de medicamentos." "Sr. Smith, você tem colesterol alto - aqui é a sua medicação". Agora, talvez o Sr. Smith também tenha diabetes e, em seguida ele se encontra usando mais de uma medicação. Muitos adultos norte-americanos levam mais de 3-5 medicamentos de prescrição diferentes a cada dia.
Doença celíaca é Dado Não Respeitado
E onde é que a doença celíaca entra ? Fica fora, porque não se encaixa em uma dessas caixas. Por quê?
Não há medicamento para tratá-la. As empresas farmacêuticas não têm interesse que os médicos deste país sejam cada vez mais bem informados sobre a doença celíaca. O diagnóstico de DC não faz nada para ajudar a aumento de seus lucros. Eles preferem que o médico faça o diagnóstico da doença causada pela doença celíaca: as coisas tais como diabetes, doença hepática, doenças da tireóide, doenças do coração, desequilíbrio hormonal, como a depressão, etc. A lista é longa e toca quase todos os sistemas do corpo humano.
Intolerância ao glúten pode encurtar sua vida
Recentemente no "Journal of the American Medical Association" (outubro 2011), o Dr. Leffler da Faculdade de Medicina de Harvard tentou fazer com que seus colegas médicos conheçam os problemas associados com o glúten: "Embora a doença celíaca seja muitas vezes considerada uma doença tratável com leve e simples mudança na dieta, a doença celíaca na realidade transmite riscos consideráveis, incluindo a densidade mineral óssea reduzida, a qualidade de vida comprometida, e aumento da mortalidade geral. "
É triste mas é verdade que os médicos neste país continuam a considerar a doença celíaca um "distúrbio leve", porque seu tratamento é uma mudança na dieta. Se tivesse um protocolo de medicamento caro associado a ela , os médicos acreditam que a DC teria atenção muito mais rápido.
[Nota: Devo admitir que ter um pouco de dificuldade com o meu próprio tom neste post. Eu não sou uma pessoa naturalmente cínica. Mas às vezes eu fico frustrada com a "pouca atenção" que a doença celíaca e a sensibilidade ao glúten recebem.]
Neste artigo de investigação particular, uma paciente que apresentava anemia, descobriu muitos anos depois, ter a doença celíaca. Anemia é um efeito secundário comum da doença celíaca e da sensibilidade ao glúten. Para aqueles de nós que gastam uma grande parte do tempo na pesquisa e atendimento, a anemia é uma "bandeira vermelha" potencial da intolerância ao glúten. Mas esta mulher de meia-idade sofreu por um longo período de tempo antes que sua doença celíaca fosse descoberta.
O que acontece quando a verdadeira causa é perdida é que o paciente recebe "tratamento" para uma condição que está sendo alimentada por outra coisa, neste caso o glúten. Portanto, o tratamento não será bem sucedido, porque a causa raiz real é perdida.
Muitas mulheres intolerantes ao glúten são cronicamente anêmicas. Elas são orientadas a tomar ferro, o que provoca constipação. Elas fazem isso por um tempo e então decidem que a constipação não vale a pena assim e resolvem parar o tratamento. Uma vez que (se) a sua intolerância ao glúten é identificada, a anemia resolve. Por quê? Porque a causa real foi identificada.
Glúten pode criar mais de 300 Doenças e Condições
Dr. Leffler escreve que apesar de ser uma das doenças auto-imunes gastrointestinais mais prevalentes, o diagnóstico da doença celíaca é frequentemente atrasado ou completamente esquecido o pedido dos exames de sangue, apesar de serem comumente disponíveis. Ele afirma que: "os sinais e sintomas da doença celíaca não são específicos e altamente heterogêneos, tornando o diagnóstico difícil."
Isto é muito verdadeiro. A lista de sintomas e condições associadas com intolerância ao glúten tem mais de 300 ítens. Ao ouvir isso você pode começar a desenvolver alguma afinidade com o conceito de triagem. Se quer saber quantas pessoas com sintomas associados com intolerância ao glúten (inclusive de ambos: doença celíaca e sensibilidade ao glúten) se beneficiariam de um melhor estado de saúde se eles fossem rastreados ? Alimento para o pensamento ...
Os efeitos secundários do glúten devem ser tratados
Dr. Leffler conclui com a seguinte declaração: "o cuidado dos indivíduos com doença celíaca requer diagnóstico e tratamento multidisciplinar em curso". Concordo plenamente. Devido à capacidade do glúten de afetar a maioria dos sistemas do corpo, após um diagnóstico, é necessária uma abordagem multidisciplinar para tratar adequadamente os que sofrem.
Os efeitos secundários de glúten também não podem ser ignorados. Seria lindo se a remoção do glúten da dieta fosse verdadeiramente o único tratamento necessário. Infelizmente é só o começo. O tratamento de efeitos secundários não envolve drogas ou cirurgia e não precisa levar um longo tempo, mas deve ser feito.
Cicatrização do intestino, erradicar quaisquer "infecções ocultas", equilibrando os probióticos, normalizando o equilíbrio hormonal, etc., tudo deve ser feito para recuperar a saúde ideal.
Minha equipe e eu estamos aqui para te ajudar
Se você quiser alguma ajuda nesta área, por favor não hesite em contactar-me. Eu criei uma equipe multidisciplinar da clínica de destino que atende pacientes de todo o país e ao redor do mundo com apenas esta finalidade. Atualmente, falta diagnóstico para 95% das pessoas que sofrem de doença celíaca e 98% provavelmente daqueles que sofrem de sensibilidade ao glúten.
Essa fraqueza do nosso sistema de saúde está colocando em risco vidas. Este não é um exagero. Como o Dr. Leffler declarou em seu texto, a intolerância ao glúten não diagnosticada "aumenta a mortalidade global". Glúten pode matá-lo, pura e simplesmente.
Para a sua saúde boa,
Dra Vikki Petersen, DC, CCN Fundadora da HealthNOW Medical Center Co-autora de " O Efeito Glúten " Autora do eBook: "A intolerância ao glúten - O que você não sabe pode estar matando você"
http://www.healthnowmedical.com/blog/2011/11/22/why-is-your-celiac-disease-so-misunderstood/
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(tradução da entrevista feita no Google Tradutor)
A sensibilidade ao glúten e doença celíaca
Dr. Alesio Fasano
http://www.livingwithout.com/issues/4_15/qa_augsep11-2554-1.html
Um estudo inovador foi lançado recentemente pela Universidade de Maryland School of Medicine Centro para Pesquisa Celíaca demonstra que a sensibilidade ao glúten é uma condição médica distinta que difere da doença celíaca. Alicia Woodward conversou com Dr. Alessio Fasano, MD, investigador principal do estudo. Um especialista de renome mundial sobre a doença celíaca, Fasano é professor de pediatria, medicina e fisiologia na Universidade de Maryland School of Medicine e diretor do Centro de Pesquisa Celíaca.
LW - Graças à investigação de sua equipe, agora sabemos que a sensibilidade ao glúten realmente existe. O que isso significa para a comunidade sem glúten?
Dr. Fasano - Na minha humilde opinião, é um grande negócio. . Primeiro, mudamos sensibilidade ao glúten, também chamada de intolerância ao glúten, a partir de uma condição a uma nebulosa entidade distinta e que é muito diferente da doença celíaca. Sensibilidade ao glúten afeta pessoas 6-7 vezes mais do que a doença celíaca de modo que o impacto é tremendo. Em segundo lugar, agora entendemos que as reações ao glúten estão em um espectro. O sistema imunológico responde ao glúten de formas diferentes dependendo de quem você é e sua predisposição genética. Terceiro, há uma grande confusão em termos de reações ao glúten. Glúten e autismo, glúten e esquizofrenia, há um link ou não? Estes debates estão a caminho de ser resolvidos. E o quarto e mais importante, pela primeira vez, podemos aconselhar as pessoas com teste negativo para a doença celíaca, mas que insistem em que eles estão tendo uma reação negativa ao glúten que pode haver alguma coisa lá, que não estão inventando, que não estão hipocondríacos. Uma vez que é estabelecido que um paciente tem uma reação ruim ao glúten, é importante determinar qual parte do espectro que ele ou ela está antes de se envolver no tratamento, que é a dieta isenta de glúten.
Você acredita que as pessoas podem se mover ao longo deste espectro? Alguém poderia ser sensível ao glúten e desenvolver a doença celíaca? AF: Não, eu não penso assim. As três condições principais : doença celíaca, sensibilidade ao glúten e alergia tardia ao trigo são baseados em mecanismos muito diferentes no sistema imunológico. Dado esse fato, é difícil imaginar a possibilidade de que você poderia saltar de um para o outro.
No entanto, muitos dos sintomas da sensibilidade ao glúten e doença celíaca são as mesmas. AF: Isso mesmo. Enquanto não há uma distinção clara do lado imunológico, não há sobreposição tremenda do lado clínico. Se você veio ao meu consultório queixando-se de formigamento nos dedos ou depressão ou dores de cabeça de comer glúten, estes sintomas (e muitos outros) estão associados com doença celíaca. Se os testes forem negativos para doença celíaca, estes mesmos sintomas poderiam apontar para a sensibilidade ao glúten. Não há dúvida sobre isso.
Até 20 milhões de americanos podem ter sensibilidade ao glúten. Isso é, além de 3 milhões que têm a doença celíaca e 400.000 para 600.000 com alergia ao trigo. Os seres humanos têm consumido trigo como um "grampo" para gerações. O que está acontecendo? AF: Embora tenhamos comido trigo por milhares de anos, não somos projetados para digerir o glúten. Somos capazes de digerir completamente todas as proteínas que colocamos em nossas bocas, com exceção de uma, e que é o glúten. O glúten é uma proteína estranha. Não temos as enzimas para desmantelá-lo completamente, deixando peptídeos não digeridos, que podem ser prejudiciais. O sistema imunológico pode percebê-los como um inimigo e montar uma resposta imune.
Parece que estamos vendo uma explosão de problemas de saúde relacionados com o glúten. AF: Dois componentes estão se unindo para criar a tempestade perfeita. Primeiro, os grãos que estamos comendo mudaram drasticamente. Na época de nossos bisavós, trigo continha quantidades muito baixas de glúten e era colhido uma vez por ano. Agora nós temos projetado os nossos grãos para aumentar substancialmente a produtividade e conter características, como maior elasticidade, que nós gostamos. Estamos suscetíveis às conseqüências deste aumento de gluten nos grãos. Em segundo lugar, e isso se aplica à prevalência da doença celíaca, que aumentou quatro vezes nos últimos 40 anos, é a tendência ascendente que estamos vendo em todas as doenças auto-imunes. Nós estamos mudando o nosso ambiente mais rápido do que o nosso corpo pode se adaptar a ele.
Você mencionou a ligação entre o glúten e condições como autismo e esquizofrenia. Você pode elaborar? AF: Isso é muito controverso. Algumas pessoas acreditam que o glúten indiscutivelmente tem um papel neste tipo de condições, enquanto outros dizem que é falso. Mais provável a verdade está no meio. Tenho dificuldade em acreditar que todas as crianças com autismo melhoram em uma dieta livre de glúten. Ao mesmo tempo, tenho dificuldade em acreditar que o glúten não tem absolutamente nada a ver com esses comportamentos. Sabemos na clínica que as pessoas podem ter problemas comportamentais devidos ao glúten, tais como perda de memória de curto prazo, alterações de humor, depressão, então você pode imaginar comportamentos esquizofrénicos e autistas. Se é verdade, como acredito, que as doenças complexas, como o autismo são os destinos finais, mas que você pode tomar caminhos diferentes para chegar lá, eu tenho que acreditar que um dos caminhos para um subgrupo de pacientes poderia, de fato, ser sensibilidade ao glúten.
Existe um teste para a sensibilidade ao glúten?
AF: Não. Até agora, a única maneira de determinar a sensibilidade ao glúten é um diagnóstico de exclusão. O problema desaparece quando você vai em uma dieta sem glúten e volta quando você adiciona o glúten de volta em sua dieta.
O que aconselharia alguém que acredita que eles estão sensível ao glúten, uma vez não há um teste conclusivo agora?
AF: Não tente a dieta sem glúten antes de ver o seu médico. Você deve excluir o diagnóstico de doença celíaca antes de começar a dieta. Se a doença celíaca e alergia ao trigo e todas as outras causas de seus sintomas foram excluídos, então e só então é que vale a pena fazer um julgamento sem glúten.
Você recomenda que a maioria das pessoas a evitem o glúten, desde que faça o teste para a doença celíaca em primeiro lugar?
AF: Eu não iria a esse extremo porque a dieta sem glúten não é um passeio no parque. A linha inferior é qualidade de vida. Se você está sofrendo com os sintomas que tornam a sua vida miserável e você investigou todas as possíveis causas, incluindo a doença celíaca, eu não vejo nada de errado em ir com a dieta livre de glúten. Se você é sensível ao glúten, você vai ver uma melhoria rápida na dieta, uma questão de dias ou semanas no máximo. Não é semanas, meses ou anos, como com doença celíaca.
Dito isto, na clínica nós cuidamos de atletas que estão saudáveis, mas dizem que se sentem com muito mais energia e aumentaram a resistência com uma dieta isenta de glúten. Novak Djokovic, o tenista que é sensível ao glúten, afirma que sua resistência, capacidade de concentração e de energia têm subido desde que foi sem glúten.
Eu ouvi você dizer que a sensibilidade ao glúten ocupa o lugar onde a doença celíaca estava há 30 anos atrás.
AF: É déjà vu. Os pacientes, como de costume, foram visionários, dizendo-nos que este material existia, mas os profissionais de saúde estavam céticos. A confusão em torno de glúten sensibilidade testes, biomarcadores é exatamente a mesma confusão que tivemos em torno de doença celíaca, há 30 anos. Então, nós estamos começando tudo de novo agora.
O que é que mais te surpreendeu sobre os estudos que você realizou?
AF: Fiquei chocado ao saber que certas pessoas têm truques que lhes permitam tolerar glúten para 60 ou 70 anos sem ficar doente e, de repente, em seus 70 anos, eles desenvolvem a doença celíaca. Isto significa que não é destino. Você e eu não nascemos para desenvolver a doença celíaca. Isso é alucinante para mim. Então, eu estou morrendo para saber que tipo de truques essas pessoas usam para tolerar o glúten por tanto tempo. Se nós aprendermos os truques, poderemos aplicá-los a todos em risco para a doença e colocá-los em uma fase de tolerância para que eles nunca desenvolvam a doença. E aqui está outra coisa, por que eles de repente, perderam esse truque?Se soubéssemos, poderíamos usar esse conhecimento para evitar outros problemas. A doença celíaca é um protótipo de outras condições, como diabetes, esclerose múltipla, artrite reumatóide, câncer, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral. O mecanismo é tudo a mesma coisa. Então, se podemos entender o que está acontecendo com a doença celíaca, isso poderia levar a enormes mudanças em medicina preventiva.
Para saber mais sobre o Centro de Pesquisa de Doenças Celíaca, visite www.celiaccenter.org .
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16/09/2011 - 09:54
Vivenda do Camarão tem opções de pratos para celíacos
Rede oferece três pratos sem glúten para clientes com intolerância à proteína: Bobó de Camarão, Paella Vivenda e Bacalhau à Moda Vivenda, além das sobremesas Brigadeiro Mole com Castanhas e Brigadeiro Vivenda
A Vivenda do Camarão – primeira rede de frutos do mar do país – oferece para os celíacos – pessoas que têm intolerância ao glúten, proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e malte – três opções de pratos, além de duas sobremesas do cardápio dos restaurantes. O Bobó de Camarão, a Paella Vivenda; Bacalhau à Moda Vivenda, Brigadeiro Mole com Castanhas, Brigadeiro Vivenda podem ser apreciados sem medo por essa parcela da população, que muitas vezes se privam de fazer suas refeições fora do lar devido à pequena oferta de opções encontradas.
No dia 27 de agosto, um grupo com mais de 30 celíacos se encontrou no Shopping Botafogo (RJ) para conhecer e saborear os pratos sem glúten da Vivenda do Camarão. Organizado por meio de redes sociais como Orkut e Facebook, a reunião contou com o apoio da Associação de Celíacos do RJ – ACELBRA-RJ e do Grupo Viva Sem Glúten.
Segundo Rodrigo Perri, diretor da Vivenda do Camarão, receber esse grupo em um dos restaurantes da rede foi um importante reconhecimento para a franqueadora. “Oferecer refeição de qualidade para essas pessoas é uma enorme satisfação para nós, nossa meta é manter esses pratos em nosso portfólio e intensificar nossa relação com esses consumidores”, revela.
Vivenda do Camarão -Há 27 anos no mercado, e desde 1997 no setor de franquias, a Vivenda do Camarão soma hoje 130 lojas espalhadas por todo o território nacional e duas lojas no exterior, uma no Paraguai e outra na República Dominicana, que oferecem mais de 50 opções de pratos e serve uma média de 700 mil refeições mensais. [www.vivendadocamarao.com.br].
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=173317
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Doença celíaca mata 42.000 crianças por ano no mundo,
mas permanece desconhecida no Brasil
Ainda desconhecida pela grande maioria da população – e, infelizmente, por parte da classe médica – a doença se caracteriza pela intolerância ao glúten, uma proteína presente
no trigo, na cevada e no centeio.
Aretha Yarak
Doença celíaca: o glúten, presente no trigo, na cevada e no centeio, é responsável por desencadear a patologia(Thinkstock)
A doença celíaca é como um iceberg. Na pequena parte à vista estão pacientes que apresentam sintomas severos, como vômitos e diarreias. Abaixo da superfície está a maioria dos casos, de pacientes que passam anos sem obter um diagnóstico da doença
O ano é 2005. A professora universitária Flávia Anastácio de Paula lida com uma cena que virou rotina. Seu filho do meio, Emílio, então com apenas dois anos, vomita sem parar durante horas. Abaixo do peso, com constipação crônica, crises de hiperatividade, pneumonias frequentes, dores fortes nas pernas e peso e estatura muito abaixo do indicado, Emílio começou a adoecer quando tinha apenas seis meses de vida. À época, Flávia deu início a uma via-crúcis: descobrir qual era a doença do filho. No caminho, que durou quatro anos, passou por mais de 15 médicos diferentes, dezenas de exames clínicos e laboratoriais e internações hospitalares regulares. Em setembro de 2007, aos quatro anos, Emílio foi enfim diagnosticado: ele era portador da doença celíaca.
Ainda desconhecida pela grande maioria da população – e, infelizmente, por parte da classe médica – a doença se caracteriza pela intolerância ao glúten, uma proteína presente no trigo, na cevada, na aveia e no centeio. O primeiro levantamento global sobre a doença, divulgado no final de julho, indica que ela cause a morte de cerca de 42.000 crianças todos os anos no mundo. Em entrevista ao site de VEJA, Peter Byass, epidemiologista coordenador do estudo que reuniu o departamento de saúde pública e medicina clínica da Universidade de Umea, na Suécia, e a Faculdade de Saúde da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, avalia que no Brasil 200 crianças morram anualmente em função desse mal. Alguns estudos internacionais afirmam ainda que uma a cada 100 pessoas no mundo seja portadora da doença; outros, que mais da metade dessas pessoas não sabem que estão doentes. No Brasil pouco se sabe sobre a incidência da doença, já que faltam levantamentos nacionais. Dados de uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, realizada em 2007, apontam que um a cada 214 brasileiros tem a doença. Os dados existentes sobre doença celíaca, como se vê, são poucos, dispersos e por vezes desatualizados.
A doença celíaca foi descoberta em 1888 pelo pediatra britânico Samuel Gee, mas apenas no decorrer da década de 1940 o glúten foi reconhecido como o vilão causador do transtorno. Durante os períodos de escassez alimentar da guerra, o médico holandês Willem Karel Dicke notou que a falta de pães e de produtos à base de trigo reduziam o número de casos, e acabou relacionando a proteína à doença. Dicke criaria, ainda no começo de 1950, a primeira dieta livre de glúten para pacientes com doença celíaca – que permanece sendo o único tratamento disponível até hoje. De lá para cá, alguns passos importantes foram dados para o controle do problema, como a definição dos sintomas (diarreia crônica, inchaço do abdome, anemia e vômitos) e a indicação de um tratamento alimentar. Mas, mesmo que seja um mal conhecido, estudado, com tratamento e exames para diagnóstico estabelecidos, a doença celíaca persiste silenciosa e subdiagnosticada em muitos pacientes.
Dificuldades – Casos como o de Emílio são minoria, mas estão longe de se tratar de uma exceção. Embora a intolerância ao glúten costume aparecer de maneira mais amena na maioria dos casos, 20% dos celíacos têm sintomas extremos, segundo Aytan Miranda Sipahi, coordenador do Laboratório de Gastroenterologia Clínica e Experimental da USP. Os demais podem ter apenas um dos sintomas, como enxaqueca, aftas e flatulência. Por não serem tão severos ou alarmantes, acabam dificultando o diagnóstico. Por isso, a doença celíaca é normalmente representada como um iceberg. Na ponta (pequena parte à vista), estão pacientes como Emílio, sua mãe e seus dois irmãos: pessoas que sofrem, e muito, com a doença. Em todo o restante da enorme massa de gelo, estariam pacientes como Raquel Benati.
A professora de artes, hoje com 48 anos, demorou duas décadas para receber o diagnóstico da doença. "Os médicos não investigavam a doença celíaca, porque só detectavam uma anemia. Eu até tinha crises de diarreia eventuais, mas a constância maior era das prisões de ventre", diz. Hoje, Raquel é vice-presidente do braço carioca da Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra) e secretária da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), que conta com cerca de 20.000 associados. Seu trabalho nas instituições é orientar os celíacos e ajudar a conscientizar a população. "Os médicos relutam em fazer o diagnóstico, principalmente quando você não tem o quadro clássico. Conheço muita gente que foi até o consultório especificamente pedir para fazer o exame."
Diagnóstico e complicações – A investigação para a conclusão do diagnóstico costuma seguir três passos: histórico familiar da doença, exame de sangue e biópsia do intestino delgado por endoscopia. Por ser genética, a doença pode estar presente em um ou mais membros da mesma família. O teste sorológico de sangue, por sua vez, visa detectar antígenos da doença. Quando esse exame de sangue dá positivo, é feita a endoscopia com biópsia do intestino, exame considerado definitivo para um diagnóstico. Nessa fase se procura saber se as vilosidades (dobras no intestino responsáveis por aumentar a absorção de alimentos) da mucosa intestinal foram agredidas e atrofiadas – uma característica da intolerância ao glúten. O histórico familiar sozinho não basta para detectar a doença. Para saber com certeza, só após o exame de sangue combinado com a biópsia.
Mesmo nos casos mais amenos da doença, a detecção é fundamental. Isso porque as complicações podem levar a problemas graves, como osteoporose, doenças autoimunes, linfoma e outros cânceres e problemas na tireoide. "Há ainda casos em que a pessoa fica infértil ou pode ter abortos repetidos", diz Vera. Isso ocorre porque a exposição ao glúten faz com que o sistema imunológico trabalhe sempre acima do seu limite, fazendo com que as células de defesa proliferem. Essa hiperatividade pode acabar resultando em linfoma – que é justamente uma proliferação exagerada das células de defesa. O motivo disso acontecer ainda não é conhecido pela medicina.
Dieta complicada — De acordo com Vera Lúcia Sdepanian, coordenadora do curso de residência em gastroenterologia pediátrica da Unifesp, uma dieta sem glúten só é indicada após o diagnóstico positivo, caso contrário ela pode dificultar o processo de reconhecimento da doença. "Quando se para de comer glúten, os antígenos deixam de ser detectados no exame de sangue e as vilosidades do intestino vão voltando ao normal depois de seis meses. Assim, nenhum exame vai dar positivo para a doença, mesmo que a pessoa seja intolerante."
A rigor não existe problema em uma dieta sem glúten. A proteína não é essencial na alimentação humana, de acordo com nutricionistas. A única grande dificuldade é justamente a grande restrição alimentar, uma vez que a maior parte dos alimentos industrializados contém o ingrediente. "Não é fácil fazer uma dieta sem glúten", diz John Cangemi, gastroenterologista especialista na doença da Clínica Mayo, nos Estados Unidos. "Trigo, cevada e centeio são componentes de muitos tipos de alimentos, além de fazer parte de alguns medicamentos, doces e outros produtos. A pessoa pode, simplesmente, não se dar conta da presença deles."
Vários outros alimentos além dos pães contêm a proteína, como cerveja, queijos fundidos, patês enlatados, embutidos, maionese, catchup e alguns temperos industrializados. O chocolate em teoria não tem glúten, mas como é feito na mesma esteira das bolachas – e corre risco de contaminação – é vendido com o selo contém glúten. "O paciente terá de conviver com muitas limitações alimentares, mas uma boa orientação nutricional pode tornar sua vida mais simples", afirma André Zonetti de Arruda Leite, médico assistente da disciplina de gastroenterologia clínica do departamento de gastroenterologia da FMUSP.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/doenca-celiaca-mata-42-000-criancas-por-ano-no-mundo-mas-permanece-desconhecida-no-brasil
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Entrevista com Raquel Benati - ACELBRA-RJ
PORTAL MEU NUTRICIONISTA - 13/05/2011
Em comemoração ao Dia Internacional dos Celíacos celebrado no dia 15 de Maio, o Portal Meu Nutricionista entrevistou Raquel Candido Benati, uma das fundadoras e atual Vice-Presidente da Associação de Celíacos do Brasil – Regional Rio de Janeiro (ACELBRA – RJ), que nos contou um pouco sobre a Doença Celíaca e a importância do conhecimento das pessoas e empresas sobre a alimentação isenta de glúten para o bem dos celíacos.
PMN: Raquel, conte-nos um pouco sobre a sua trajetória de vida.
Raquel: Olá, em primeiro lugar quero agradecer a oportunidade do Portal em falar um pouco sobre a Doença Celíaca (DC). Eu tenho 48 anos, estudei Musicoterapia e Educação Artística, sou Professora de Artes da Rede Pública de Angra dos Reis - RJ, onde resido atualmente, mas sou mineira de Visconde do Rio Branco.
PMN: Quando começou a sua ligação com a doença celíaca?
Raquel: Na família somos quatro irmãs celíacas e uma de minhas filhas também é celíaca. A segunda apresenta predisposição genética, mas ainda não desenvolveu a DC.
Meu diagnóstico foi feito em dezembro de 1994, depois de mais de 20 anos de sintomatologia e pesquisas médicas sem resultados. Sou uma das fundadoras da ACELBRA-RJ e responsável pelos sites riosemgluten.com e www.doencaceliaca.com.br e desde 2006 atuo também como Secretária Geral da Federação Nacional de Celíacos do Brasil (FENACELBRA).
PMN: Qual o panorama atual da Doença Celíaca no Brasil?
Raquel: No Brasil a Doença Celíaca ainda é desconhecida pela maioria da população e também pelos profissionais de saúde. Embora o Ministério da Saúde tenha publicado desde 2009 o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas da DC, facilitando assim o diagnóstico e tratamento, os Governos Estaduais e Municipais continuam sem atender corretamente a pessoa com suspeita de doença celíaca. Para se ter uma ideia, menos de 60 municípios no Brasil hoje fazem exames de sangue pelo SUS, para investigação de DC (dados disponíveis no site do DATASUS ).
Não existem dados oficiais sobre o número de pessoas celíacas já diagnosticadas no Brasil e nem pesquisas que envolvam toda a população para saber a prevalência da doença celíaca no país. Dados internacionais apontam que 1% da população mundial tem DC - assim estimamos que mais de 1 milhão de brasileiros são celíacos e não sabem.
A legislação brasileira que protege os direitos do cidadão celíacos é boa: desde 1992 os produtos alimentícios brasileiros trazem no rótulo a informação se contém glúten (e desde 2003 trazem também a informação quando não contém glúten ), mas a questão do diagnóstico ainda é o maior problema que enfrentamos.
PMN: Quais as maiores dificuldades atuais para os celíacos em relação à alimentação?
Raquel: O preço dos produtos sem glúten; a falta de definição da ANVISA sobre os laboratórios autorizados a fazerem testes de presença de glúten nos alimentos; a contaminação cruzada por glúten nos locais de fabricação de alimentos; o desconhecimento por parte dos donos de hotéis, restaurantes, lanchonetes sobre o que é glúten e falta de alimentos sem glúten seguros a serem servidos nesses locais.
PMN: Como você considera o atual mercado brasileiro de produtos sem glúten, em comparação com a Europa, em especial Portugal, que tem uma grande quantidade de ofertas?
Raquel: A oferta maior de produtos sem glúten só acontece nos grandes centros aqui no Brasil. No interior não encontramos com facilidade pães, bolos, massas e biscoitos sem glúten.
PMN: Quais as últimas realizações das Associações de Celíacos em todo o Brasil e o que os intolerantes ao glúten ainda precisam conquistar?
Raquel: Ano passado conseguimos aprovar na discussão sobre a Política Nacional de Alimentação e Nutrição - PNAN , um documento pela adoção de uma Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Celíaca. Na quarta-feira (11/05/2011) a presidente da FENACELBRA ( Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil ), Nutricionista Lucélia Costa, junto com Nildes Oliveira, representante da FENACELBRA no Conselho Nacional de Saúde, tiveram uma audiência com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para apresentar esse documento e pedir pela implementação de uma série de políticas que atendam aos celíacos.
Esse ano teremos Conferências Nacionais de Saúde e de Segurança Alimentar, onde pretendemos participar e avançar na construção de políticas públicas que venham a atender as pessoas com necessidades alimentares especiais.
PMN: Como uma pessoa que não é da área da saúde pode contribuir com a causa dos celíacos?
Raquel: Divulgando a doença celíaca nos diversos espaços (virtuais ou não) em que atua e compreendendo que as restrições alimentares não são um capricho das pessoas e sim uma questão de manutenção da saúde e da vida.
PMN: Deixe uma mensagem de motivação, alerta ou orientação geral a todos os internautas.
Raquel: A Doença Celíaca não tem cara, peso, cor ou idade. Se você já se informou sobre o que é, sobre os sintomas e acredita que possa ter, procure profissionais de saúde e investigue. Se algum desses profissionais te disser que você não é celíaco apenas ao te olhar no consultório ou na emergência de algum Pronto Socorro, pelas suas características físicas ou falta dos sintomas clássicos, insista em fazer os exames. Conheço uma pessoa celíaca que o médico jurou que cortava a mão se ela fosse celíaca - então, se você estiver andando por São Paulo e encontrar um médico sem uma das mãos, tenha certeza de que é este!!!
Fonte: Redação Portal Meu Nutricionista - http://www.meunutricionista.com.br/noticias.exibir.php?id=506
Nutr. Flávio Viaboni
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REVISTA PROJETOS ESCOLARES
ENTREVISTA COM FLAVIA ANASTÁCIO DE PAULA
MAIO DE 2011
Além de a doença ser pouco conhecida da população em geral, não há muitas estatísticas detalhadas sobre a quantidade de pessoas celíacas no Brasil ou mesmo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença celíaca afeta 1 em cada 300 a 3000 indivíduos, dependendo da região observada. No Brasil, uma pesquisa realizada com doadores de sangue constatou que uma em cada 214 pessoas a apresenta. Na escola, a criança celíaca precisa de atenção especial no que se refere à sua alimentação, pois a ingestão de glúten pode causar desconfortos físicos e possíveis danos à saúde dos pequenos. Também é preciso muito cuidado para que essa criança – que não pode comer boa parte dos alimentos mais comuns – não se sinta excluída na hora do lanche, na comemoração de aniversários, em passeios e outras ocasiões que envolvam lanches ou refeições. Como a escola pode auxiliar nessa questão? Para desvendar mitos e colocar o assunto em debate, a Projetos Escolares conversou com a pedagoga Flávia Anastácio de Paula sobre o assunto. Ela é celíaca, mãe de três celíacos
e foi professora da rede municipal por 10 anos. Formada em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Psicopedagogia pela Universidade Estadual de Minas Gerais e doutora em Educação pela Universidade de Campinas. Flávia é professora e trabalha nas turmas de Educação Infantil e Alfabetização.
Projetos Escolares – O que é a doença celíaca?
Flávia Anastácio de Paula – A doença celíaca é uma doença autoimune. Na verdade, a única doença autoimune da qual conhecemos efetivamente o gatilho: o glúten. Existe uma produção de anticorpos que é desencadeada pela presença do glúten e esses anticorpos destroem ou inflamam as células intestinais, dificultando a absorção de uma série de nutrientes. O intestino inflamado, “machucado”, dificulta o organismo a absorver nutrientes, vitaminas, minerais e água dos alimentos. Essa inflamação pode ter sintomas no aparelho digestório, em outros órgãos (neurológicos, respiratórios, pele, fígado e outros) ou não ter sintoma aparente. A Doença Celíaca não é transmissível de uma pessoa para outra. Trata-se de uma intolerância permanente ao glúten em pessoas cuja predisposição genética é herdada dos pais biológicos. Os pais podem ser assintomáticos. Nascemos com uma potência genética para desenvolvê-la ou não e vai depender dos fatores ambientais e alimentares.
P.E. – O que é o glúten e como é o tratamento?
F. P. – O único tratamento é a eliminação do contato com o glúten fazendo uma alimentação por toda a vida sem glúten. O glúten é uma denominação internacional para a principal proteína presente nos cereais produzidos no inverno: trigo, aveia, centeio, cevada e nos seus subprodutos como: malte, gérmen de trigo, gérmen e farelo de aveia.
O glúten é uma substância tecnológica muito utilizada nos nossos alimentos porque dá a liga, a elasticidade à massa, e acrescenta volume a muitos produtos. Para a maioria das
pessoas, é uma fonte importante de proteína. Já para as pessoas intolerantes e sensíveis, um perigo.
P.E. – Por que o glúten contamina alimentos com tanta facilidade?
F. P. – Segundo o IBGE, dos cinquenta produtos mais consumidos no Brasil, dez são de glúten. No entanto, não é apenas esse o cuidado. Na nossa cultura atual, o trigo é uma figura presente em todas as casas, restaurantes e cantinas. A farinha de trigo espalha-se com muita facilidade pelo ar, pelos equipamentos e dentro dos lugares de armazenagem de alimentos. Assim, quando um alimento que originalmente não tem glúten, por exemplo a mandioca, encosta em algo que contém trigo, é contaminado. Além disso, uma grande parte dos temperos em pó podem ter sido acrescidos de trigo. Outra forma de contaminação importante é o compartilhar de utensílios e equipamentos usados para
preparar os alimentos com glúten e os de uma pessoa celíaca. Não contém glúten
Macarronada, lasanha, pães, sanduíches, bolos e biscoitos são alguns dos alimentos que os celíacos devem evitar ou tcom os quais devem ter cuidado. Você já notou que as embalagens de alimentos industrializados recebem a indicação destacada informando a presença ou não de glúten? É uma determinação do Governo Federal, que pretende ajudar e proteger as pessoas portadoras da Doença Celíaca (DC). Os celíacos têm intolerância a uma proteína presente em diversos alimentos – especialmente os farináceos –, o glúten.
P.E. – O que acontece com um celíaco que consome glúten ou alimentos contaminados pela proteína?
F. P. – Uma simples migalha de pão contém milhares de vezes a quantidade de glúten que um celíaco pode tolerar. A pessoa celíaca, em contato com o glúten, tem uma reação
autoimune. Cada celíaco pode ter sintomas diferentes: há pessoas que não têm sintomas aparentes e, mesmo assim, o intestino está sendo agredido pelos anticorpos.É importante lembrar que cozinhar ou assar não destrói a proteína do glúten. Os sintomas mais comuns são: irritabilidade, diarreia crônica, vômitos, dor abdominal, constipação crônica, desnutrição com déficit de crescimento, baixa estatura, anemia ferropriva não curável, emagrecimento e falta de apetite, distensão abdominal, osteoporose, mancha nos dentes, esterilidade, abortos de repetição, doenças neurológicas, depressão.
P.E. – Quais são os alimentos seguros?
F. P. – Os alimentos industrializados seguros são aqueles que trazem a inscrição NÃO CONTÉM GLÚTEN, que segundo a lei 10.674, de 16 de maio de 2003, deve vir em caixa
alta e em negrito. Com os alimentos que naturalmente não contém glúten (todas as frutas, verduras, legumes, carnes, peixes, aves, ovos, feijão, lentilha, ervilha, arroz, soja, milho, mandioca, batatas, raízes, amendoim, nozes, amêndoas, farinhas de arroz, mandioca, soja, gelatina, derivados de leite, fécula de batata, polvilho, amido de milho, quinoa, amaranto e farinha de arroz) precisamos tomar os cuidados de manipulação, preparo e armazenagem.
P.E. – A criança celíaca pode ir à escola normalmente, fazer Educação Física e demais atividades com os colegas?
F. P. – Sim, ela deve e tem o direito de ir à escola como as demais. A família deve informar à escola que a criança é celíaca e apresentar o laudo médico.
P.E. – É importante a escola acompanhar a alimentação desse aluno? Por quê? Essa criança precisa comer separada das outras?
F. P. – Atualmente, temos inúmeras crianças com necessidades alimentares especiais: alérgicas à proteína do leite, com outras alergias alimentares, intolerantes à lactose, fenilcetonúricas, diabéticas, hipertensas, obesas, etc. É importante a escola acompanhar a todas, pois todas têm direito à vida e o Direito Humano à Alimentação Adequada. Tanto as crianças celíacas, como as demais crianças com necessidades alimentares especiais, precisam ser cuidadas. A alimentação é uma faceta do cuidar na escola e na Educação Infantil, e um momento de interação social. Precisamos compreender que exclusão alimentar não deve virar exclusão social. Crianças celíacas devem comer no mesmo espaço e tempo que os amigos, mas seu alimento precisa ser sem glúten.
P.E. – Existem materiais escolares passíveis de contaminação com glúten?
F. P. – Além do alimento, outros produtos escolares podem ter glúten, especialmente massinhas de modelar e cola. Elas devem ser substituídas por massinhas de modelar sem glúten e cola sem glúten.
P.E. – É necessário adequar a alimentação escolar para uma dieta sem glúten?
F. P. – O glúten não é uma proteína essencial para a nutrição. Sua maior vantagem é que ela é uma proteína vegetal barata. Além disso, no nosso país esse alimento teve sua expansão no século 20. A alimentação histórica do Brasil e das Américas era sem glúten e sem trigo. Comer sem glúten e sem trigo não prejudica o desenvolvimento físico e intelectual das crianças. Na escola privada, não há obrigatoriedade de oferecer alimentação, assim geralmente a criança celíaca leva o lanche sem glúten de casa.
Se a escola é pública, deve oferecer alimentação escolar adequada a todos, inclusive para as crianças com necessidades alimentares especiais. Para a criança celíaca também. A forma de fazer isto nas escolas públicas é variada. No estado de Santa Catarina, a escola estadual que tem uma criança celíaca passa a oferecer para todos os alunos daquela escola alimentos sem glúten. Visando a inclusão, a execução de
projetos escolares que prestigiem a nossa cultura tradicional culinária e a diminuição de custos para evitar a contaminação de alimentos e equipamentos. Em muitos municípios do Brasil, as instituições fazem tanto alimentos com glúten e sem glúten e nesse caso diretores, professores e merendeiras precisam ser treinados por nutricionistas para evitar a contaminação cruzada. Em municípios ou estados com alimentação centralizada ou até terceirizada, o setor de compras deve comprar alimentos adequados aos celíacos e às demais crianças com necessidades alimentares especiais.
P.E. – O que a escola pode fazer para evitar que essa criança se sinta isolada? Quais estratégias podem ser adotadas pela escola para facilitar a vida do aluno celíaco (por exemplo: orientação nutricional, palestras para os professores, etc)?
F. P. – Em primeiro lugar, a escola precisa se informar e estudar. Tanto os profissionais como as crianças. É um trabalho de acolhimento e inclusão. A criança precisa sentir-se segura e respeitada. Para as demais crianças, cabe aos profissionais orientá-las. Com crianças pequeninas explicações simples funcionam bem: “Ela tem dor de barriga, precisa de comida especial e não pode trocar lanches”. Para os maiores e conscientes de suas diferenças, inicialmente a professora pode ajudá-los a preparar uma apresentação sobre sua “alergia”. A escola já pensa que a alimentação é um ato educativo, logo, pode adequar seus projetos pedagógicos. Por exemplo, quando se tem projeto de culinária, pode-se escolher receitas que não tenham glúten. Fazer um resgate da alimentação tradicional daquela região ou de outras regiões do país. É essencial pensar que as crianças celíacas precisam receber prêmios ou lembrancinhas sem glúten., Que ao fazermos festas, se não pudermos ter todos os pratos sem glúten e sem contaminação, pelo menos termos alguns. Planejarmos que excursões e passeios são momentos oportunos para que todas as crianças compartilhem um alimento diferente e sem glúten. Se isso não for possível, avisar à família com antecedência sobre um evento fora da escola é essencial, para que todos consigam e organizar. Crianças celíacas, por questão de sobrevivência, aprendem a ler rótulos rapidamente para identificar as expressões “CONTÉM GLÚTEN” e “NÃO CONTÉM GLÚTEN”. Se o trabalho pedagógico está sendo bem feito, logo as demais crianças ficarão atentas a este detalhe.
P.E. – Como educadora, celíaca e mãe, quais os maiores obstáculos que você já enfrentou no que diz respeito ao relacionamento com a escola?
F. P. – O maior obstáculo é sempre a falta de informação. Às vezes, como profissionais, passamos muitas horas nas escolas e, sendo celíacos, não temos o que comer. Como mãe de celíacos, fazer uma abordagem positiva junto aos profissionais tem surtido bons frutos. Os meus maiores obstáculos são em relação ao sistema: Como nos tornar visíveis? Quantos somos? Como garantir alimento sem glúten para celíacos quando na licitação isso não foi previsto? Como melhorar o diagnóstico e o pós-diagnóstico? Como ter representatividade nos conselhos? Como assegurar alimento adequado a
quem não pode adquirí-lo?
REVISTA PROJETOS ESCOLARES
ENTREVISTA COM FLAVIA ANASTÁCIO DE PAULA
MAIO DE 2011
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Doença celíaca mata 42.000 crianças todo ano no mundo
África e Ásia são regiões que mais sofrem com desinformação sobre patologia
Doença celíaca: o glúten, presente no trigo, na cevada e no centeio, é responsável por desencadear a patologia (Thinkstock)
De acordo com a primeira estimativa global da doença celíaca, a patologia é responsável pela morte de cerca de 42.000 crianças todos os anos – a maioria na África e na Ásia. O levantamento foi feito por pesquisadores da Universidade de Umea, na Suécia, e da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul - e publicado no periódico científico PloS One.
A doença celíaca é um problema que afeta o intestino, prejudicando a absorção de nutrientes, vitaminas, sais minerais e águas. A patologia pode ser desencadeada pelo glúten, uma proteína presente no trigo, no centeio e na cevada. Entre os principais sintomas estão diarreia, distensão abdominal por gases, cólicas, fraqueza geral, alterações na pele e anemia.
Segundo a pesquisa, havia em 2010 cerca de 2,2 milhões de crianças menores de cinco anos de idade vivendo com a doença celíaca. Entre essas crianças, poderia haver 42.000 mortes relacionadas à doença todos os anos. Em 2008, as mortes relacionadas à patologia, provavelmente, foram responsáveis por aproximadamente 4% de toda a mortalidade infantil por diarreia.
Preocupação - O problema já preocupa especialistas desde o começo do século passado. Na década de 1930, por exemplo, antes de se descobrir que dietas livres de glúten ajudavam a gerenciar a doença, o Hospital Great Ormond Street, em Londres, notificava uma mortalidade muito elevada entre crianças com a doença.
Para o professor Peter Byass, coordenador do estudo, a doença celíaca pode não ser uma das principais causas de morte no mundo, mas é uma das que podem ser evitadas. “É preciso muito mais conscientização nas áreas pobres do mundo. Suplementos alimentares com glúten, por exemplo, podem prejudicar crianças subnutridas que sofrem com a doença”, diz.
A pesquisa da equipe foi baseada em diversas estimativas e suposições, uma vez que há uma enorme lacuna de dados globais confiáveis sobre o assunto. Essas limitações estão discutidas na pesquisa. Os autores esperam que, com uma maior conscientização sobre as consequências da intolerância do glúten, seja possível fazer o levantamento de dados mais seguros e salvar mais vidas no futuro.
Fonte:
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estimativa-global-doenca-celiaca-mata-42-000-criancas-ao-ano
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Atriz Isis Valverde fala da Doença Celíaca e
da dieta sem glúten, no Programa Estudio I (Globo News) - junho de 2011
ACELBRA-CE conquista Gôndolas sem Glúten nos supermercados
Como foi anunciado, no último sábado, dia 25/06 aconteceu a inauguração da 1º gôndola sem glúten no supermercado Supor O Povo. A empresa Estar Bem organizou o evento e montou a gôndola. Foi um sucesso! Muitas pessoas compareceram para conhecer a gôndola. Moradores do Bairro José Walter e adjacências estiveram presentes e demonstraram satisfação em saber que agora podem comprar os produtos sem glúten neste supermercado, numa gôndola específica. Outras gôndolas serão inauguradas nos diversos supermercados de Fortaleza. Em breve, todos os supermecados do Estado estarão se adequando ao acordo firmado com a ACESU (Associação Cearense de Supermercados), junto a Procuradoria Geral de Justiça e a ACELBRA-CE, em que houve o comprometimento da criação das gôndolas sem glúten e da oferta de alimentos adequados às necessidades do portador de Doença Celíaca.
http://acelbraceara.blogspot.com/2011/07/fotos-da-inauguracao-gondola-sem-gluten.html
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Sabor que vai além das restrições alimentares
Rio de Janeiro - Zona Sul

Já se foi o tempo em que quem sofria de limitação na dieta tinha que passar longe dos restaurantes mais atraentes. Conscientes do público especial, mas exigente, que não pode ingerir desde glúten a lactose, passando por alérgicos a corantes e diabéticos, estes estabelecimentos estão investindo em cardápios e até alterações na logística da cozinha, onde pode haver contaminação de glúten.
No Giusto (21-3874-0244), no Jardim Botânico, são disponibilizados molhos sem glúten, como o sugo, o caponata, o genovês e o bolonhesa — armazenados e preparados sem risco de contaminação com outros preparos que contenham o componente. Outra opção para os celíacos é o fusili, feito com farinha de arroz.
— É tudo manipulado em horários diferentes, para que o cliente com intolerância não precise se preocupar, pois geralmente, este tipo de público nem entra em casa de massas — diz João Camargo, um dos sócios.
No recém-aberto Gávea Garden Bistrô (21-2512-3366), a médica homeopata Leticia Mariani preza por receitas naturais, sem corantes artificiais, realçadores de sabores ou adoçantes artificiais. Além disso, o próprio cardápio aponta as opções sem glúten nem lactose.
— Para a pessoa ficar saudável, ela deve retirar da alimentação o que causa a alergia. Aqui no bistrô, o celíaco ou intolerante a lactose ou mesmo o consumidor que quer remover esses itens da dieta pode comer uma bruschetta ou um sanduíche sem preocupações — afirma Leticia, ex-sócia do Universo Orgânico, que segue a linha de alimentação viva e também oferece pratos para quem tem restrição.
Na sobremesa, nada pode torturar mais o intolerante à lactose ou diabético que um bom e aveludado sorvete. Na Vero (21-3497-8754), em Ipanema, o sócio Andrea Panzacchi e a sorveteira Claudia Reggiani produzem sorbets, sem adição de leite, usando apenas a fruta, água e açúcar ou agave azul orgânico, no caso da linha diet. Por causa disso, são a opção certa para celíacos, intolerantes a lactose, corantes e até mesmo para os diabéticos (o agave possui valor glicêmico de 17, e leva a denominação light). E nessa leva cheia de saúde estão sabores como o chocolate 72%, que não deve nada ao com adição de leite.
— Também não usamos gordura vegetal adicionada. O foco é o sorvete natural, usando os melhores ingredientes — ressalta Andrea.
Na Mil Frutas (21-2511-2550), com casas em vários pontos da Zona Sul, o cuidado se repete: não há adição de corante, conservante ou gordura hidrogenada.
Quando o assunto é chocolate, a Kaebisch Schokoladen (21-2239-6545), na Gávea, tem praticamente todos os produtos sem glúten. Um dos destaques da casa é a Torta de chocolate amargo, feita com farinha de amêndoas que substitui a farinha de trigo, um dos principais alimentos que contêm glúten.
http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2011/06/24/sabor-que-vai-alem-das-restricoes-alimentares-388345.asp
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Portadores da doença celíaca conseguem vitória
contra supermercados e padarias em Campo Grande (MS)
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Edição 1534 - 01 de Maio de 2011
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A Associação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Campo Grande e do Estado de Mato Grosso do Sul, propôs ações coletivas de consumo contra quatorze supermercados e padarias em Campo Grande, conseguindo em todas elas liminares para fazer constar nos rótulos e embalagens dos produtos alimentícios fabricados a informação: CONTÉM GLÚTEN ou NÃO CONTÉM GLÚTEN.
O glúten é uma proteína presente em alguns cereais, principalmente no trigo e as pessoas portadoras da doença celíaca são intolerantes a tal proteína. Se ingerida por estas pessoas, o glúten causará reações diversas podendo até mesmo levá-las à morte.
Pela importância de se informar se na composição do produto alimentício contém glúten ou não, o legislador criou a Lei 10.674 de 16 de maio de 2003, onde obriga que todos os produtos alimentícios tragam em suas embalagens ou rótulos a informação: CONTÉM GLÚTEN ou NÃO CONTÉM GLÚTEN, conforme a composição de cada produto.
Diante do descumprimento da referida Lei e, conseqüentemente do risco que vinha sendo exposto os celíacos pela falta da informação, a Associação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Campo Grande e do Estado de Mato Grosso do Sul propôs as ações cabíveis, sendo imediatamente concedida as liminares para que fosse cumprida a Lei no prazo de 30 dias, determinando que as empresas Rés regularizarem as embalagens dos produtos fabricados e vendidos.
O juiz da vara de direitos coletivos de Campo Grande, Amaury da Silva Kuklinski, demonstrando conhecimento sobre o assunto, assim se expressou: “Esclareça-se que a ingestão da proteína glúten é prejudicial aos doentes celíacos, de forma que tal fato mereceu uma maior preocupação do legislador ao proteger referida classe dos consumidores, estabelecendo a obrigatoriedade da advertência da presença da substância nos alimentos”. “Portanto, manifestamente caracterizada a relevância do fundamento da demanda.”
Depois das motivações decidiu: “Diante do exposto, presentes os requisitos ensejadores da concessão da antecipação dos efeitos da tutela, DEFIRO O PEDIDO DE CONCESSÃO DE LIMINAR para determinar à requerida que, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da sua intimação, inclua, no rótulo, embalagens e publicidade dos produtos por ela fabricados, bem como substitua nas existentes, a expressão CONTÉM GLÚTEN ou NÃO CONTÉM GLÚTEN, conforme o caso, na sua composição”.
Para o presidente da Associação, Waldir de Miranda Osório, “Essa vitória é muito importante, pois trará mais segurança aos portadores da doença celíaca;, ressalta ainda o presidente que “os celíacos do Estado de Mato Grosso do Sul devem se unir para que assim tenham mais forças, sendo que nossa Associação está de portas abertas para receber todos os celíacos deste Estado, para que juntos possamos alcançar mais benefícios”.
Um dos Advogados da Associação, Norberto Noel Previdente, esclarece que “algumas empresas recorreram da decisão, mas o Tribunal de Justiça manteve a liminar concedida”; ainda, informa o advogado, que existem outras ações propostas mas que ainda não foram julgados.
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http://www.acritica.net/index.php?conteudo=Noticias&id=38591&edicao=1534
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Alimentação sem Glúten é opção de negócios
Embalado pelo crescimento do mercado da alimentação saudável, o comércio e a produção de alimentos sem glúten estão se tornando opção de negócio.
Um exemplo da atenção que o nicho está adquirindo é a realização da segunda edição do Glúten Free São Paulo, evento direcionado a nutricionistas, profissionais da saúde e público em geral, que conta com a participação de mais de 15 empresas que atuam no setor. Neste ano, na primeira etapa do evento (realizada no dia 02 de abril), houve um crescimento de 250% no número de inscritos em relação à primeira edição. Cerca de 300 participantes circulavam pelos boxes das empresas expositoras, degustando produtos produzidos sem glúten - uma proteína presente em diversos cereais e que não pode ser ingerida pelos portadores da doença celíaca.
Um estudo publicado na revista Science Translation indica que cerca de 1% da população ocidental tem intolerância ao glúten. No Brasil, segundo a Associação de Celíacos do Brasil (Acelbra), há um portador da doença celíaca para cada 600 habitantes. O número de celíacos, porém, pode ser bem maior, já que as pesquisas apontam apenas os já diagnosticados. O empreendedor que se dispuser a atender esse público poderá encontrar um mercado com bons números de crescimento. Segundo a organização do Glúten Free Brasil, o segmento cresceu 35% em 2010.
As iniciativas no mercado de alimentos sem glúten seguem uma tendência de alta apresentada pela área de alimentação saudável em geral. O instituto Nielsen aponta em pesquisa que o setor foi um dos vetores para o crescimento econômico apresentado pelo país nos últimos anos. Uma pesquisa da consultoria Euromonitor indica que a venda de produtos saudáveis, como alimentos e bebidas diet, light, sem glúten, sem lactose, naturais e orgânicos, cresceu 82% de 2004 a 2009, atingindo patamar de R$ 15 bilhões ao ano. Segundo o estudo, a perspectiva de crescimento até 2014 é de 40%.
Indústria nacional
No Brasil, uma das principais empresas em vendas de alimentos sem glúten é a Mundo Verde. Segundo o diretor de expansão da rede, Marcos Leite, há cada vez mais fornecedores de produtos voltados para a alimentação saudável. "Essa área tem muito fôlego, inovação constante, e vive momento de expansão acelerada". O executivo cita como exemplo do aumento do mix de produtos saudáveis nas lojas especializadas novidades como a quinua, um grão com alto valor protéico, e a ração humana, um composto rico em fibra. Com cerca de 170 lojas espalhadas por 22 estados brasileiros – todas elas franquias – a Mundo Verde oferece em suas unidades de 3 a 7 mil itens, e conta com um catálogo de mais de 10 mil produtos cadastrados.
Para Leite, o maior consumo de alimentos saudáveis está ligado à maior informação do consumidor. "Quanto mais informado, mais ele consome." O empresário diz que, muitas vezes, o consumidor sabe que um produto faz bem, mas não tem informação sobre porque seus benefícios ou a maneira de consumi-lo. "Ele sabe dos benefícios da linhaça, mas não sabe como se consome".
Um dos focos do investimento da empresa é em informação do consumidor. Segundo Leite, em 2011 serão investido R$ 5 milhões em marketing e comunicação. A empresa conta com iniciativas como o Alô Nutricionista, um call center no qual o consumidor pode tirar dúvidas sobre nutrição, e a Universidade Mundo Verde, com cursos na internet voltado para funcionários e franqueados da rede. Além disso, cinco nutricionistas trabalham na produção de conteúdo sobre alimentação saudável e bem-estar.
Nascida em Petrópolis em 1987, a Mundo Verde foi adquirida em 2009 pelo Axxon Group. Hoje apresentando números como faturamento de R$ 181 milhões e crescimento de 21% em 2010, a empresa surgiu com o propósito de levar uma alimentação mais saudável para a população. "Quando os fundadores da marca falavam isso, eram considerados loucos. Hoje nós mantemos essa essência", diz Leite. Além de produtos alimentícios, a rede comercializa CD's e livros do universo do bem-estar. Se no passado a dificuldade era convencer as pessoas sobre a importância da alimentação saudável, hoje o desafio parece ser ampliar cada vez mais o setor. "Com base na informação, um mercado que durante muito tempo foi de nicho se transformará num mercado de massa", acredita Leite.
Nova no mercado
Outra empresa com presença garantida no Segundo Glúten Free é a Grani Amici, fábrica de pães e bolos sem glútem localizada em Jundiái (SP). Apesar de recém-criada, com apenas sete meses de vida, seus produtos estão presentes em 100 lojas na cidade de São Paulo, além da presença em outras cidades do estado. Nos próximos meses, os pães e bolos da Grani Amici deverão chegar também ao comércio do Rio de Janeiro. A marca dedica-se exclusivamente à produção de alimentos sem glúten e sem lactose – uma dobradinha geralmente procurada pelos portadores da doença celíaca, que costumam desenvolver também a intolerância à lactose. Em parceria com uma distribuidora, a empresa fornece seus produtos para lojas que vendem produtos naturais e voltados para a alimentação saudável.
Proprietária da Grani Amici, a engenheira de alimentos Graziela Luchini, resolveu abrir um negócio voltado para a alimentação sem glúten depois de verificar uma carência no mercado de produtos desse tipo. Anos atrás, ela foi orientada por uma nutricionista a fazer uma dieta sem glúten. "Comecei a perceber que tudo que havia era muito artesanal", diz Graziela. Após quatro anos de estudo sobre produto e mercado, em outubro de 2010, ela abriu a sua empresa. "Apesar de feita em pequena escala, a produção segue os parâmetros de segurança e qualidade da indústria de alimentos". Segundo a empresária, outro diferencial da Grani Amici é a venda de produtos em temperatura ambiente, em vez de congelado, utilizando uma tecnologia que conserva o alimento na embalagem. Atualmente, a Grani Amici produz por volta de 13 mil pães e 8 mil bolos e possui capacidade para aumentar esse volume.
http://www.apetitosorestaurantes.com.br/component/content/article/25-noticias/64-alimentacao-sem-gluten-e-opcao-de-negocios
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Associação dos Celíacos do RJ - ACELBRA-RJ – riosemgluten.com
DIVULGAÇÃO
Presente espanhol para crianças brasileiras

A Associação de Celíacos do RJ (ACELBRA-RJ) acaba de disponibilizar em seu site a publicação eletrônica do livro "O presente de Lola", do escritor espanhol Antônio de Benito. Com tradução e adaptação de Raquel Benati, o livro vem suprir uma lacuna na vida de muitas crianças brasileiras com necessidades alimentares especiais. A história de Lola e sua irmã Carmem encanta os leitores e mostra que é possível conviver de forma positiva com as diferenças. As restrições impostas por uma dieta sem glúten não devem se tornar um empecilho na vida das crianças celíacas e o livro , de forma leve e divertida, confirma isso.
Antonio de Benito concedeu uma autorização especial de tradução e publicação para a ACELBRA-RJ, na certeza de que o livro aqui, da mesma forma que na Espanha , pode ajudar muitas crianças a compreender suas limitações e potencialidades e também apresentar às outras pessoas o cotidiano de uma criança com intolerância ao glúten.
O livro original ( El regalo de Lola - 2009 ) já foi editado 3 vezes na Espanha pelas Associações de Celíacos de La Rioja , Cantabria e Aragon, respectivamente. Com ilustrações de Manuel Romero, o autor apresenta algumas atividades na parte final que ajudam a reforçar informações sobre a doença celíaca e a dieta sem glúten e dão oportunidade às crianças de refletirem sobre seu cotidiano.
"O presente de Lola" é indicado para crianças da Educação Infantil e do Ensino Fundamental e pode ser baixado no site da ACELBRA-RJ:
https://riosemgluten.com/o_presente_de_Lola.pdf

ANTONIO DE BENITO MONGE: nasceu em Arcos de Jalón e atualmente é professor do Colégio Sagrado Coração - Jesuítas - de Logroño. Escritor especializado em Literatura Infantil com mais de quarenta títulos publicados. Colabora no Diário La Rioja e Heraldo de Soria com espaços dedicados à literatura infantil e juvenil.
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VI Encontro Estadual de Celíacos do RJ
Sem Lactose - 28 de fevereiro, 2011

Em encontro realizado em fevereiro, celíacos, familiares e profissionais da saúde reunem-se para debater sobre as ações realizadas pelas ACELBRAS, compartilhar informações e aprender mais sobre a culinária sem glúten. Juliana Crucinscky, nutricionista e consultora técnica do Semlactose (também celíaca e intolerante à lactose), esteve presente para conferir de perto as novidades que nos conta nesta matéria.
O evento ocorreu no último dia 12 através de uma parceria com o INAD – Instituto de Nutrição Annes Dias e a ACELBRA-RJ. Após uma breve apresentação, foi realizada uma oficina de culinária sem glúten, organizada pela vice-diretora da ACELBRA-RJ, Raquel Benati e por sua irmã, Ester Benati, na qual o destaque foi a mandioca (aipim). As receitas que preparamos no evento, passo a vocês ao final deste post.
Após a oficina, foram realizadas palestras com a Presidente da ACELBRA-RJ, Míriam Francisca e com a jornalista Teresa Gappo, Diretora de Comunicação da ACELBRA-RJ, sobre Controle Social e sobre todas as conquistas obtidas pela Acelbra-RJ em favor dos celíacos.
Saiba mais sobre a Doença Celíaca e sua relação com a IL
A Doença Celíaca, uma importante causa secundária de IL, é uma intolerância permanente ao glúten (proteína presente no trigo, no centeio, na cevada, no malte e na aveia), na qual o organismo geneticamente predisposto passa a produzir anticorpos contra o glúten, que agridem o próprio organismo. A DC pode se manifestar em qualquer idade e ainda, infelizmente, é pouco diagnosticada, não sendo tão rara como se pensava há alguns anos atrás. Segundo a Dra. Lorete Kotze, acredita-se que o número de casos não diagnosticados seja muito maior que os já detectados justamente porque seus sintomas podem facilmente se confundir com os de outras doenças, o que dificulta e atrasa o diagnóstico. Além disso, muitas pessoas celíacas apresentam sintomas pouco comuns (forma oligossintomática) ou sequer apresentam sintomas (forma assintomática), apesar de seu intestino estar sendo lesionado da mesma forma.
Sintomas
Os sintomas da DC podem incluir: diarréia crônica (com vários dias de duração) ou prisão de ventre, falta de apetite, vômitos, distensão abdominal (barriga inchada), aftas, dor abdominal, flatulência (excesso de gases), anemia, deficiência de ácido fólico e vitamina B12, enxaqueca, osteopenia e osteoporose, perda de peso ou obesidade, cansaço e mal-estar, atrasos no crescimento e desenvolvimento das crianças, déficit de atenção, perda de massa muscular, intestino irritável, hipoproteinemia (deficiência de proteína e inchaço generalizado), alterações de humor, infertilidade, neuropatia periférica e aumento das enzimas do fígado (transaminases hepáticas), rashes cutâneos, etc.
DC e IL
A intolerância à lactose pode ocorrer como uma consequência da doença celíaca em casos em que o paciente ainda não diagnosticado apresenta atrofia das vilosidades do intestino. Em função desta atrofia, a enzima lactase para de ser produzida pelo organismo e o paciente acaba sofrendo os sintomas da intolerância à lactose sem saber que, na verdade, esses sintomas podem ser decorrentes da doença celíaca. A vantagem é que nesses casos a IL é reversível.
Na DC, a presença de anticorpos contra o glúten, pode se expressar de diferentes formas e afetar diversos órgãos ou sistemas:
1)Enteropatia ou lesão intestinal (doença celíaca), na qual ocorre inflamação do intestino delgado e atrofia das vilosidades, responsáveis pela absorção dos nutrientes.
2)Danos na mucosa oral (estomatite aftosa de repetição);
3)Danos nas articulações (artrites);
4)Danos nos rins (nefropatia por IgA)
5)dermatite herpetiforme ( lesões bolhosas na pele )
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da DC é feito a partir da dosagem dos anticorpos séricos (antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase), de endoscopia digestiva e biópsia do intestino, e por testes genéticos (dosagem dos antígenos do sistema HLA – frações DQ2/DQ8).
O único tratamento existente até o momento é a dieta totalmente isenta de glúten, e para tanto, é necessário excluir não só o “glúten evidente” (os alimentos que sabidamente contém glúten: trigo, centeio, cevada, aveia e malte), mas também os alimentos contaminados com glúten, como os produtos processados e/ou embalados no mesmo local e/ou maquinário por onde passam produtos contendo glúten.
Entretanto, é IMPORTANTÍSSIMO lembrar que a dieta isenta de glúten JAMAIS deverá ser feita ANTES da confirmação do diagnóstico, pois a medida que o glúten é retirado da alimentação, a quantidade de anticorpos presentes no sangue diminui, dificultando sua dosagem nos exames, o que de forma alguma deve ser interpretado como cura da DC. Também é importante lembrar que mesmo após a remissão total dos sintomas e recuperação da mucosa intestinal, a DC continua presente no organismo (apesar de controlada) e a ingestão de glúten precisa continuar sendo evitada, sob pena de piora do quadro!
Abaixo você encontra 2 receitas que preparamos no evento. Ambas são isentas de glúten, lactose e proteína láctea, e tem como base a mandioca.
Bolo de mandioca da tia Iris
INGREDIENTES
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3 xícaras de mandioca crua
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3 ovos (retirar a pele da gema)
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1 ½ xícara de açúcar
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3 colheres de sopa de fermento em pó
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1 pitada de sal
PREPARO
Rale a mandioca e esprema com as mãos até sair todo o líquido. Misture todos os ingredientes e coloque numa forma untada. Pré-aqueça o forno e asse em temperatura média, por 30 a 40 minutos (até dourar).
Tapioca tradicional
INGREDIENTES
PREPARO
Coloque o polvilho numa tigela grande e cubra com água até pelo menos 2 dedos acima da massa. Deixe de um dia para o outro em repouso, para dissolver bem. Após, seque com a ajuda de um pano limpo, sem deixar excesso de água. Esfarele essa massa com as mãos, passe por uma peneira e acrescente um pouco de sal. Numa frigideira anti-aderente, espalhe a farinha e modele a tapioca como uma panqueca, no fundo da frigideira. O segredo é deixar a frigideira ficar bem quente antes de colocar a massa, e depois abaixe o fogo para não queimar.
O ponto da tapioca é bastante rápido, assim que desgrudar do fundo da frigideira, vire-a por alguns segundos e estará pronta. A massa tem que secar na frigideira, sem fritar. Não deixe escurecer nem endurecer. Recheie a gosto com goiabada, doce de coco, carne de sol com abóbora, queijo sem lactose, presunto ou mesmo só com manteiga.
Veja mais imagens do evento clicando em nossa galeria do Flickr.
Fonte das informações: https://riosemgluten.com/index.htm https://riosemgluten.com/Lorete_Kotze_atualizacao_2006.pdf https://riosemgluten.com/protocolo_de_DCeliaca.htm https://riosemgluten.com/Guia_Orientador_para_Celiacos_2010.pdf https://riosemgluten.com/Sou_celiaco_posso_comer_em_sua_casa_2011.pdf https://riosemgluten.com/Crianca_Celiaca_indo_para_escola_2011.pdf
http://www.semlactose.com/index.php/2011/02/28/vi-encontro-estadual-de-celiacos-do-rj/
Graduada pelo Instituto de Nutrição da UERJ, Juliana é especialista em Nutrição Enteral e Parenteral pela Santa Casa de Misericórdia (RJ), especialista em Gestão da Saúde e Administração Hospitalar pela Universidade Estácio de Sá. Juliana é colaboradora do Semlactose.com desde 2008. Publica matérias e responde diariamente aos comentários de diversos leitores, além de atuar nas área de Nutrição Clínica, Esportiva, Estética e Vegetariana. Consultório: Clínica Kairós Fisioterapia - Estrada de Jacarepaguá, 7655 sala 204 - Freguesia/Jacarepaguá - Rio de Janeiro - Tel: (21) 3904.4401
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Sou celíac@: Posso comer em sua casa?
Nutricionista Patrícia Davidson

Você por acaso já recebeu um criança celíaca em sua casa? O celíaco é aquele indivíduo que tem uma condição inflamatória genética no intestino delgado, que é desencadeada sempre que ele ingere glúten.
A questão é que, na hora de receber uma criança celíaca em casa, muita gente fica cheia de dúvidas sobre o que servir e como agir. Por isso, a Associação de Celíacos do Brasil - Seção Rio de Janeiro montou uma cartilha muito interessante e cheia de dicas valiosas, que precisam ser divulgadas, como forma de evitar que muitas crianças passem mal e, até mesmo, que a doença possa evoluir para formas mais severas, que podem chegar a osteoporose, convulsões, deficiências de absorção de nutrientes, linformas e adenocarcinoma, que são tipos de câncer que podem se desenvolver no intestino.
Alguns cuidados simples com as crianças celíacas são:
- Verificar sempre a embalagem dos produtos industrializados antes de servi-los. Se não houver um selo de “não contém glúten”, buscar a presença da substância na lista de ingredientes. Não existe quantidade mínima de ingestão de glúten para os celíacos, de modo que qualquer absorção pelo organismo, por mais que pareça ínfima, pode desencadear a doença.
- Cozinhar sempre em recipientes bem limpos e nunca utilizar talheres que já foram usados para o preparo de outros alimentos quando for preparar os sem glúten.
- Ter muito cuidado com temperos industrializados, pois muitos contém glúten, buscando sempre substâncias naturais, como alho, cebola e cheiro verde como substitutos.
- Quando for usar o forno, assar primeiro o prato sem glúten e, só então, passar para os com glúten. Nunca se deve assar ou fritar os dois juntos, como forma de evitar contaminação.
- Não utilizar os mesmos utensílios para untar ou mexer alimentos com e sem glúten. É preciso ter cuidado, por exemplo, quando passar margarina em um pão com glúten para não utilizar o mesmo talher para os em glúten.
- Ter cuidado para não assar pães ou massas com glúten na mesma grelha ou forma das carnes e outros alimentos e nem serví-los no mesmo prato ou recipiente.
Confira o conteúdo completo da cartilha acessando o site Rio Sem Glúten e ajude a divulgar essa ideia.
http://patriciadavidsonhaiat.blogspot.com/2011/02/sou-celiaco-posso-comer-em-sua-casa.html
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2010
Pesquisa realizada na FORP pretende facilitar a identificação de uma doença provocada pela intolerância ao glúten |
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Lucas Rodrigues / USP Online
[email protected]
Apesar de visualizarmos pouca relação entre os problemas bucais e complicações no intestino, uma linha de pesquisa na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP se preocupa em estudar a influência que infecções intestinais podem exercer na saúde bucal de um paciente. De acordo com a professora Alexandra Mussolino de Queiróz, do Departamento de Clínica Infantil e Odontologia Preventiva e Social da FORP, responsável pelo estudo, entre as ocorrências de crianças que apresentam defeitos na estrutura do esmalte dental como manchas e depressões, grande parte pode ser consequência de uma doença no intestino.
Causada pela intolerância digestiva ao glúten – proteína encontrada em diversos cereais como o trigo, centeio, cevada, entre outros – a doença celíaca se caracteriza pelos danos causados na mucosa do intestino delgado, provocando, principalmente, sintomas gastrointestinais nas crianças afetadas, como diarreia crônica, anorexia, náuseas e vômitos.
Além dessas manifestações, a doença pode ocasionar defeitos na formação do esmalte dentário e o aparecimento de aftas. Nesse sentido, a pesquisa desenvolvida por Alexandra pretende tornar mais fácil a identificação da doença em pacientes assintomáticos através do diagnóstico de problemas relacionados à formação dentária. “Às vezes a pessoa tem a doença e não sabe que tem”, explica a professora.
A pesquisa faz parte, ainda, do conteúdo de uma tese de doutorado em curso na Faculdade. Segundo Fabrício Kitazono de Carvalho, doutorando que participa do estudo, o que lhe chamou atenção na proposta de pesquisa oferecida por Alexandra foi estudar a “relação entre uma doença bucal e uma doença sistêmica”. De acordo com ele, que há um ano contribui com a análise do assunto, os próximos passos são a avaliação dos sinais bucais e a tentativa de diagnóstico da doença celíaca a partir dessas manifestações.
Métodos
Alexandra observa que o estudo vai ser realizado por duas vias. A primeira é baseada na análise de pacientes que já possuem a doença celíaca. “Vamos fazer vários testes”, diz. Em um grupo de 50 crianças, com idade entre seis meses e dois anos, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, um odontopediatra vai fotografar a cavidade bucal, avaliar o crescimento dos dentes e colher amostras de saliva para análise.
Ao mesmo tempo, uma outra linha vai se dedicar ao estudo em pacientes que apresentam algum problema nos dentes. “Estamos procurando crianças com alterações na estrutura dental”, afirma Alexandra. Nesse grupo, os pacientes serão orientados a não consumir o glúten e, a partir daí, vão ser observados.
Outras pesquisas
De acordo com Fabrício, as atividades da pesquisa estão escritas, já passaram pela aprovação do Comitê de Ética da Faculdade e sua parte clínica e laboratorial, que deve durar cerca de um ano, começa em janeiro ou fevereiro. Alexandra conta que existem diversas pesquisas parecidas com essa, como uma recentemente divulgada pela Academia Americana de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica, mas que ela estudou várias delas para tentar fazer algo além.
Para a docente, a principal contribuição de seu estudo é mostrar o “importante papel do dentista na identificação da doença”. Além disso, acredita que a pesquisa vai ajudar na orientação dos alunos nesses casos, e melhorar a qualidade de vida dos pacientes que possuem a doença celíaca.
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http://www4.usp.br/index.php/saude/20509-pesquisa-realizada-na-forp-pretende-facilitar-a-identificacao-de-uma-doenca-provocada-pela-intolerancia-ao-guten-
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Guia Orientador para Celíacos

Lançado em Brasília no dia 01 de dezembro de 2010 pelo
Ministério da Justiça / Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor
Nesta data foram lançados 3 manuais: Manual para o Superendividamento, Manual de Direito do Consumidor e o Guia Orientador para Celíacos.
“Esta edição traz uma inovação importante: casos concretos dos consumidores. Esperamos que as experiências enriqueçam e ampliem as utilidades práticas do manual, contribuindo para o trabalho do dia-a-dia dos órgãos de defesa do consumidor do país”, conclui a coordenadora-geral de Supervisão de Controle do DPDC, Laura Schertel.
Já o Guia Orientador para Celíacos é uma publicação voltada para os consumidores, mais especificamente para aqueles que possuem sensibilidade ao glúten. O guia foi elaborado em parceria com a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (FENACELBRA) e traz explicações sobre o que é a doença, quais os sintomas, os tratamentos e dá exemplos de alimentos que não contêm glúten e de como manter uma dieta sem a substância, inclusive com dicas no preparo dos alimentos. A cerimônia teve a participação do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e do secretário de Direito Econômico, Diego Faleck.
Quem quiser ter acesso ao manual na íntegra pode baixar em PDF: clique aqui
Com informações do Ministério da Justiça
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Cerca de 83% dos alimentos para celíacos em padarias
estão contaminados com glúten
Um inofensivo pãozinho de queijo de padaria, que não leva glúten na sua composição, pode ser uma bomba-relógio para as pessoas que sofrem de doença celíaca, uma intolerância permanente a essa proteína presente no trigo, na cevada, no centeio e na aveia.
Estudo realizado nas quatro regiões da cidade de São Paulo e apresentado como tese de mestrado na Unifesp aponta que cerca de 83% dos 214 alimentos presumivelmente sem glúten comercializados nas panificadoras estavam contaminados com a proteína. E 63% deles com quantidades acima do limite proposto por órgãos internacionais.
Entre os alimentos analisados pela nutricionista Daniela Resende de Moraes Salles, recolhidos em 63 estabelecimentos comerciais, estão pães de queijo, alimentos preparados com farinha de milho e mandioca (biscoitos, pães, bolos, broas e sequilhos) e os sem farinha (beijinhos, brigadeiros, cocadas, doces de nozes, marias-moles, mousses, pudins, queijadinhas, quindins, suspiros e tortas de queijo).
De acordo com a pesquisadora, o consumo de glúten por celíacos acarreta efeitos colaterais que variam de pessoa para pessoa, podendo, inclusive, se apresentar na forma assintomática. “O quadro clínico mais comum é diarréia crônica, inchaço abdominal e perda de peso”, explica Daniela. “Vômitos, atraso no crescimento, apatia, irritabilidade e anemia também são verificados e, em longo prazo, a pessoa pode desenvolver osteoporose e câncer de intestino”.
Entretanto, Vera Lucia Sdepanian, chefe do Ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica e orientadora do estudo, esclarece que as padarias não podem ser consideradas vilãs. “Os estabelecimentos comerciais analisados não fabricam estes produtos com glúten propositalmente”, explica a gastroenterologista. “A contaminação pode ocorrer nas diferentes etapas da fabricação dos alimentos, desde a colheita da matéria-prima e moagem até o transporte, armazenamento e empacotamento do produto final”.
A proposta do estudo, segundo Daniela, é mostrar a importância de o portador de doença celíaca aprender a fabricar esses alimentos em casa ou, então, de as padarias se conscientizarem do problema que atinge essa população específica. “Como a farinha de trigo é um dos principais ingredientes da maioria dos alimentos preparados em padarias e, conseqüentemente, sua presença é permanente no ambiente, uma das opções seria a criação de um espaço próprio para fabricação, armazenamento e comercialização de produtos sem glúten”, afirma.
Crescimento até 3,5 vezes menor
Transgredir a dieta recomendada aos portadores de doença celíaca na infância e na adolescência afeta, e muito, o crescimento. A revisão dos prontuários de 60 pacientes com idades entre 9 meses e 15 anos, em acompanhamento no ambulatório, também mostrou que os que transgrediram a dieta livre de glúten cresceram, em média, 3,5 vezes menos (0,62 cm/ano) do que aqueles que a seguiram corretamente (2,12 cm/ano).
O ganho de peso também é bastante prejudicado. Em média, as crianças e adolescentes que não fizeram a dieta ganharam 2,4 vezes menos peso (1,23 Kg/ano) quando comparados àqueles que deixaram de ingerir a proteína (2,95 Kg/ano).
De acordo com Denise Uesugui Santana, pediatra que fez seu mestrado sobre o tema na disciplina de Gastroenterologia Pediátrica da Unifesp, 45% dos pacientes analisados transgrediram a dieta. Cerca de 38% deles apresentavam déficit de estatura para a idade e, 52%, de peso no início do tratamento. “Entretanto, o peso e a estatura podem ser recuperados se o problema for detectado e tratado antes da puberdade”, informa a pesquisadora.
Diagnóstico subestimado
Por se apresentar também na forma assintomática, muitas pessoas podem ter a doença celíaca e nem saber. Um estudo apresentado na Unifesp como dissertação de mestrado pelo biomédico Ricardo Palmero aponta que um a cada 214 candidatos a doadores de sangue pode ser portador da doença.
O pesquisador avaliou a presença do anticorpo antitransglutaminase no sangue de 3 mil candidatos a doadores de sangue, inclusive naqueles que seriam excluídos da doação por apresentarem anemia, um dos sinais clínicos do problema. O anticorpo foi positivo para 1,5% (45) da população estudada; e 66,7% dos 21 candidatos que aceitaram realizar a biópsia tiveram confirmado o diagnóstico.
Fonte – Jornal UNIFESP
Informativo do complexo Unifesp/SPDM - número 15 - junho de 2007
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GoodSoy recebe Prêmio FiSA Awards 2010 – o OSCAR da Indústria Alimentícia
Tradicional premiação, que consagra o produto e o ingrediente alimentício mais inovador da indústria brasileira, é um dos destaques do primeiro dia da FiSA 2010, realizada em São Paulo. O prêmio, que consagra o produto e o ingrediente alimentício mais inovador, reconhece as empresas que investem em tecnologia e inovação, com foco no desenvolvimento de novos produtos e soluções para o setor. O FiSA Awards é reconhecido como a premiação mais importante para o segmento de tecnologia alimentícia em todo o mundo.
O prêmio é parte integrante dos eventos Fi no mundo, lançados e organizados pela empresa United Business Media (UBM) e segue os moldes das premiações na Europa e Ásia. Ao longo dos anos, mais de 20 empresas foram premiadas na América Latina. A cerimônia de premiação foi realizada na noite de 21 de setembro de 2010 em São Paulo, logo após o encerramento do primeiro dia de atividades da FiSA 2010.
A GoodSoy ( Grupo Boa Fé ) conquistou o prêmio do Oscar da Industria Alimentícia, SILVER FI AWARDS 2010, com Menção Honrosa:
“O Produto Alimentício mais Inovador de 2010”, com o delicioso e especial BROWNIE, Sem Glúten e Sem Lactose.

Ângela Ma recebe o prêmio FI AWARDS - Menção Honrosa
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ACELBRA-RJ entrega Carta aos Candidatos
ao SENADO e ao Governo do Estado do Rio de Janeiro
No 17 de setembro de 2010 a Diretoria da ACELBRA-RJ entregou Carta com as reivindicações do Celíacos do Rio de Janeiro aos Candidatos do RJ ao Senado e ao Governo de nosso Estado. Uma das principais reivindicações feitas é referente à Implantação e Implementação do Protocolo Clínico de Doença Celíaca, que acaba de completar um ano e ainda é desconhecido na maioria dos Serviços e dos profissionais da área da Saúde.
Outra importante reivindicação feita é sobre a efetiva implementação da Lei Estadual nº 4.840/2006, que cria no RJ o "Programa de Assistência aos Portadores de Doença Celíaca" e que até hoje não saiu do "papel", apesar dos esforços feitos pela Equipe da Atenção Básica da Secretaria Estadual de Saúde de colocá-la em prática.
Para ler as cartas na íntegra: clique em SENADO e em GOVERNO .
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Alimentação como coadjuvante no tratamento da PSORÍASE
A psoríase é doença inflamatória crônica da pele, mediada por células do sistema imunitário, caracterizada por lesões, proliferação celular aumentada e padrões anormais de diferenciação dos queratinócitos. Parece ser decorrente de uma predisposição genética associada a gatilhos ambientais, dentre os quais se destacam tabagismo, álcool, alimentação, infecção, drogas e eventos estressantes.
Como se trata de uma doença inflamatória, é coerente observar que uma dieta anti-inflamatória e antioxidante é um importante coadjuvante no seu tratamento: com a diminuição na ingestão do ácido araquidônico (AA), há menor produção de eicosanoides inflamatórios. A substituição do AA pelo ácido graxo eicosapentaenoico (EPA), encontrado no ômega 03, implica na produção de eicosanoides inflamatórios menos potentes e, portanto, a suplementação de ômega 03 nesta enfermidade parece ser benéfica, assim como o consumo habitual de peixes como atum, sardinha e salmão, fontes de ômega 03.
Dietas vegetarianas também parecem ser benéficas nos portadores de psoríase, visto que há ingestão diminuída de AA e consequente redução na formação dos eicosanoides inflamatórios. Ademais, a dieta hipocalórica favorece a diminuição do estresse oxidativo e, consequentemente, redução da inflamação.
Todos os nutrientes antioxidantes mostram-se como elementos fundamentais no tratamento da psoríase. O selênio, por exemplo, possui propriedades imunomodulatórias e antiproliferativas e, sua carência pode ser fator de risco para o desenvolvimento da psoríase. Fatores como tabagismo e alcoolismo elevam o estresse oxidativo e implicam numa redução dos antioxidantes no organismo. Portanto, indivíduos psoriáticos devem evitar a ingestão de álcool, particularmente, nos períodos de exacerbação da doença.
Já foi evidenciado associação entre a doença celíaca e psoríase; entretanto, esta relação ainda é controversa. Quanto à dieta isenta de glúten, sabe-se que esta poderá melhorar lesões de pele, mesmo em indivíduos não celíacos, mas com anticorpos antigliadina IgG e IgA. Hipóteses como alteração na permeabilidade intestinal, mecanismos imunes e deficiência de vitamina D tem sido propostas. A vitamina D, assim como o selênio, possui propriedades antiproliferativas, além de ser pró-diferenciativa.
http://www.sigasuadieta.com.br/tag/doenca-celiaca/
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IX ENCONTRO NACIONAL DE ASSOCIAÇÕES DE CELÍACOS
Teresa Gappo / Acelbra-RJ
Aconteceu no Rio de Janeiro, o IX Encontro Nacional das Associações de Celíacos do Brasil – ACELBRAs, que este ano abordou o tema “Capacitação da Sociedade em Participação no Controle Social”.
Estima-se que, hoje, no Brasil, há pelo menos um celíaco para cada grupo de 214 pessoas: são portadores de intolerância permanente ao glúten, proteína presente na maioria dos alimentos industrializados. O evento aconteceu nos dias 13, 14 e 15 de agosto de 2010, no Everest Rio Hotel, em Ipanema, e foi uma realização do Ministério da Saúde, através de suas Secretarias de Gestão Estratégica e Participativa e de Vigilância em Saúde, e organizado pela ACELBRA-RJ e pela Federação das Associações de Celíacos do Brasil – FENACELBRA.
Na falta de diagnóstico, os sintomas clínicos e doenças associadas à condição celíaca podem provocar internações recorrentes, sequelas e até mesmo o óbito do paciente. O glúten é uma proteína presente no trigo, centeio, cevada (inclusive malte) e na aveia, e a intolerância pode surgir em qualquer idade. Desde setembro do ano passado, o SUS já conta com um protocolo clínico e verba específica para realização de exames que possibilitem o diagnóstico da doença. A aprovação do protocolo foi um dos resultados da participação da FENACELBRA no Conselho Nacional de Saúde (CNS).
A participação da comunidade na gestão de políticas públicas foi justamente o tema desse encontro que reuniu cerca de 50 dirigentes das Acelbras de todo o Brasil. Introduzido pela Constituição Federal de 1988, o controle social compreende a atuação da comunidade no acompanhamento da gestão do Estado e da execução das políticas públicas. Entre os palestrantes do encontro estavam representantes do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA-RJ), do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) , além de representantes do Ministério da Saúde.
Um fato inédito foi registrado na realização desse Encontro: o Everest Rio Hotel ofereceu alimentação sem glúten para os 50 celíacos participantes do evento ( café da manhã, coffee break, almoço e jantar), garantindo um serviço especializado, sem riscos de contaminação cruzada por glúten. Todo o processo foi acompanhado pelo Gerente de A&B da Rede Everest, Sr. Zanoni e sua equipe de Nutricionistas, que montaram um cardápio variado e treinaram o pessoal da área de alimentação do hotel sobre doença celíaca e segurança alimentar dos celíacos. É a primeira vez no Brasil que um hotel oferece esse tipo de atendimento, provando que é possível atender com segurança em restaurantes e hotéis a quem tem necessidades alimentares especiais. Que mais estabelecimentos desse tipo no Brasil possam seguir o exemplo do Everest !

www.everest.com.br
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Cientistas “decodificam” o glúten para combater a doença celíaca
Quem sofre com a doença celíaca sabe o quanto é difícil ter que observar, em cada alimento, a presença ou não de glúten. É um sobressalto alimentar permanente e uma verdadeira vida paralela às das outras pessoas no quesito refeições. Com isso, a pessoa não pode comer pães, bolos, macarrão, pizza, bolachas e outros alimentos populares e muito consumidos no ocidente. Essa doença genética faz com que o corpo tenha rejeição a alimentos com trigo, cevada e centeio, que causam atrofia de partes do intestino delgado quando são ingeridos por um portador da doença.
Se uma pessoa desobedece à sua biologia e consome glúten, a reação do corpo é a seguinte: o intestino, atrofiado, perde a capacidade de digerir vários outros nutrientes, incluindo vitaminas. Com isso, os sintomas são falta de energia e disposição, perda de peso, diarreia, e crianças podem ter problemas no desenvolvimento. Essa disfunção intestinal é uma reação auto-imune, o próprio organismo ataca o intestino.
O glúten é uma proteína combinada com o amido, razão pela qual é encontrada em tantos alimentos de origem vegetal. Como não existe, atualmente, nenhum tratamento para a doença celíaca que não seja a total remoção dos alimentos que contêm glúten, cientistas de um instituto de saúde em Victoria (Austrália) estão analisando os três componentes internos do glúten que são responsáveis pela rejeição intestinal.
Buscando “decodificar” o glúten, os pesquisadores reuniram 200 portadores de doença celíaca para um acompanhamento. Os participantes eram servidos diariamente com porções de pão e bolinhos contendo centeio e cevada, durante três dias. Seis dias depois do início do experimento, foram colhidas amostras de sangue dos pacientes. A partir do exame, mapearam como os organismos reagem a cada um dos mais de 2.700 peptídeos (partes internas da proteína) do glúten. Em 90 peptídeos houve alguma mudança, e em três deles houve grandes reações ao glúten, e era o que os pesquisadores esperavam encontrar.
Sabendo quais são os peptídeos, os cientistas podem começar a trabalhar em um método para neutralizá-los no glúten. O objetivo maior é permitir que portadores da doença celíaca, que é genética, possam comer todos os alimentos que até hoje lhes foram proibidos. Além disso, o mesmo método pode ser usado para amenizar o sofrimento de pessoas que sofrem com reações alérgicas semelhantes (como a alergia ao leite por exemplo) e buscar novas formas de tratamento.
julho 2010
Fonte: http://hypescience.com/cientistas-%E2%80%9Cdecodificam%E2%80%9D-o-gluten-para-combater-a-doenca-celiaca/
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WASHINGTON - Pesquisadores australianos conseguiram identificar a causa molecular da doença celíaca, uma reação à proteína glúten encontrada em pães, massas e muitos outros alimentos que contenham trigo, informou a revista Science Translational Medicine.
Jason Tye-Din e seus colegas do Instituto Walter e Eliza Hall de Investigação Médica, em Parkville, apontam no artigo que a descoberta pode ajudar no desenvolvimento de métodos de diagnóstico, prevenção e tratamento da doença.
Estima-se que haja pelo menos três milhões de pessoas com doença celíaca nos Estados Unidos. A prevalência da doença no país é de aproximadamente uma pessoa em 133, mas aumenta para 1 em 22 nas pessoas que têm parente em primeiro grau com essa desordem do sistema imunológico causado pela intolerância ao glúten.
O Centro de Doença Celíaca da Universidade de Chicago indica que a prevalência é consideravelmente menor entre os hispânicos, negros e asiáticos, com uma média de uma a cada 236 pessoas.
Quando as pessoas que têm esse mal ingerem alimentos que contêm glúten, desencadeiam uma reação do sistema imunológico que danifica os cílios intestinais (pequenas saliências semelhantes a pêlos no interior do intestino delgado que capturam vitaminas, minerais e outros nutrientes).
Depois de um tempo, a incapacidade de absorver as quantidades adequadas de nutrientes causa deficiências de vitaminas que afetam o cérebro, o sistema nervoso, os ossos, o fígado e outros órgãos.
Até agora, a única forma conhecida de lidar com a doença celíaca era uma dieta, para a vida toda, que excluísse todos os alimentos com glúten.
Desde que, há 60 anos, o glúten foi identificado como causa da doença, tem havido pesquisas sobre peptídeos tóxicos do glúten, ou seja, as moléculas que compõem os blocos de proteínas que causam a enfermidade.
Os pesquisadores australianos fizeram um "perfil" das respostas imunes de mais de 200 voluntários com a doença celíaca - dez vezes mais do que em estudos anteriores.
Em seguida, desenvolveram um algoritmo simples para avaliar milhares de peptídeos em pacientes que comeram trigo, cevada e centeio durante três dias para ativar a resposta imune ao glúten.
Eles concluíram que um peptídeo antes negligenciado é responsável pela toxicidade comum do trigo, da cevada e do centeio.
Igualmente importante é que se determinou que as células de defesa do organismo, as chamadas células T do sistema imunológico - específicas para apenas três peptídeos do glúten -, são responsáveis pela maior parte da reação do organismo à proteína.
Esses resultados validam a hipótese já antiga, mas até então não comprovada, de que a doença celíaca ocorre porque as células T que despertaram a reação são altamente especializadas em apenas alguns peptídeos.
Fonte - (Estadão) - http://www.jornalpequeno.com.br/2010/7/21/pesquisadores-australianos-identificam-causa-molecular-da-doenca-celiaca-125279.htm
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Entrevista com Raquel Benati, uma das fundadoras da ACELBRA-RJ,
para o Blog DelishvilleSemGluten, de Leila Z :
http://www.delishvillesemgluten.com/?p=2293
As ACELBRAS de cada Estado do Brasil desempenham um papel muito importante; elas ajudam a orientar e informar os celíacos a ter uma dieta mais saudável e livre de glúten. Através de trabalho voluntário elas promovem encontros entre celíacos, caminhadas, debates, palestras com o objetivo de trocar informações e conscientizar as pessoas sobre a Doença Celíaca.
Hoje, através da entrevista com a Raquel Benati, vamos conhecer um pouquinho sobre trabalhos e atividades desenvolvidos pela ACELBRA do Rio de Janeiro.
Raquel, há quantos anos existe a ACELBRA –RJ?
Ela foi criada em setembro de 2005 (em 2004 criamos a equipe Rio sem glúten: criamos o site e depois realizamos o I Encontro de Celíacos do RJ - março de 2005 - e fizemos a I Caminhada de Celíacos do RJ – maio de 2005. A equipe Rio Sem Glúten se transformou então em Acelbra-RJ ). Tivemos o apoio direto da ACELBRA-SP/ACELBRA NACIONAL na formação da equipe e da Associação.
Qual é a estimativa para o número de celíacos no estado do RJ?
Se usarmos a prevalência do estudo da UNIFESP (estudo feito em 2005 – 1 celíaco para cada 214 doadores de sangue), teremos 70 mil celíacos em nosso Estado. O número de celíacos diagnosticados em nosso Estado é muito pequeno. Hoje temos menos de mil celíacos cadastrados na ACELBRA-RJ. Os hospitais públicos não sabem o número de seus pacientes que já foram diagnosticados com doença celíaca.
Quais são as atividades desenvolvidas pela ACELBRA-RJ?
Anualmente temos 2 eventos já fixos em nosso calendário: Dia Internacional dos Celíacos (3º domingo de maio), para divulgação da doença celíaca e o Encontro Estadual de Celíacos do RJ, que sempre acontece no segundo semestre (entre outubro e novembro), com palestras e oficinas para celíacos e familiares. Temos um convênio com a Faculdade de Nutrição da Universidade Federal Fluminense – os celíacos recebem orientação e acompanhamento nutricional gratuito no Ambulatório de Nutrição. A Acelbra-RJ participa do Conselho de Segurança Alimentar do Rio de Janeiro (CONSEA-RJ) como membro titular e também do Conselho de Alimentação Escolar do Estado do RJ (CAE).
Anualmente publicamos o boletim “Notícias sem glúten” e mantemos o site “Riosemgluten”. Temos tido contato direto com a equipe de Atenção Básica da Secretaria Estadual de Saúde para implementação do Protocolo Clínico de DC no SUS em todo o estado do RJ.
Quais as grandes dificuldades enfrentadas por Celíacos no RJ?
Primeiro é ter o diagnóstico. São pouquíssimos profissionais de saúde que tem conhecimento atualizado sobre doença celíaca. A maioria está na capital. No interior do estado a situação é ainda mais difícil. Depois de ter o diagnóstico é difícil encontrar um profissional de saúde que esteja apto a acompanhar o celíaco nessa outra fase: prevenção de possíveis problemas ou tratamento daqueles decorrentes de um diagnóstico tardio de DC. Alimentos sem glúten seguros, seja em supermercados, seja em lanchonetes e restaurantes, é coisa rara de se encontrar, principalmente no interior do estado.
Na sua opinião quais foram os grandes avanços e conquistas que beneficiaram os celíacos nos últimos dois anos?
O aumento no grau de informação que temos encontrado na mídia sobre doença celíaca e a sensibilidade ao glúten tem nos ajudado muito. A indústria alimentícia tem olhado para essa “fatia” especial do Mercado que são as pessoas com necessidades alimentares especiais e, a população em geral já tem prestado mais atenção ao que é glúten e o porque da rotulagem brasileira exigir as inscrições “Contém glúten” ou “Não contém glúten” nas embalagens de alimentos industrializados. Mas isso é fato apenas nas capitais, pois no interior do Brasil o desconhecimento sobre o assunto é muito grande.
Hoje a grande aliada dos celíacos que moram no interior é a Internet – acesso a informações sobre DC, receitas e compra de produtos sem glúten.
Uma grande preocupação da FENACELBRA é o incentivo da criação de Associações em todos os estados brasileiros, para que assim, os direitos dos cidadãos celíacos possam ser exigidos e que políticas públicas que atendam as nossas necessidades possam ser criadas e implementadas.
O que ainda precisa ser mudado na legislação brasileira em relação a DC?
Temos que fazer a Lei 10674/2003 ser aplicada integralmente e com responsabilidade. A ANVISA precisa regulamentar essa lei no que diz respeito a determinar o percentual de glúten aceitável em produtos aptos para celíacos (o CODEX ALIMENTARIUS determina até 20 ppm – partes por milhão – de glúten: esse índice é válido na Europa e nos Estados Unidos e Canadá ).
Temos que fazer o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas da Doença Celíaca no SUS ser divulgado e ser usado. Precisamos que a alimentação sem glúten seja oferecida aos celíacos nas escolas, hospitais, prisões, restaurantes populares e outros espaços públicos. Os preços dos alimentos sem glúten (pães, bolos, massas etc.) precisam baixar para que as famílias possam oferecer aos seus celíacos, alimentação de qualidade e equilibrada, atendendo ao próprio Guia de Alimentação Saudável do Ministério da Saúde.
Qual foi o resultado da campanha de conscientização sobre a DC neste ano no RJ?
Após cada campanha dessa, sempre temos novos celíacos procurando as associações para se cadastrarem e pessoas pedindo mais informações sobre o diagnóstico de DC. Também mais pessoas passam a entender o que é a dieta sem glúten para o celíaco e como podem ajudar ( muitas famílias não apoiam seus celíacos e consideram frescura a questão do rigor da dieta e que a contaminação cruzada é “paranóia” …).
Que tipo de apoio a ACELBRA recebe do Estado, empresas, população…?
O Ministério da Saúde publicou a Cartilha da Emília sobre doença celíaca em 2005 e tem colaborado muito com a realização de nossos Eventos (Encontro Nacional de Associações de Celíacos). As empresas que são parceiras da ACELBRAS também ajudam muito nas atividades realizadas em cada Estado, seja contribuindo com doação de produtos, seja com doações em dinheiro para realização de eventos e oficinas ou até mesmo na publicação de jornais, impressão de panfletos e folders ou camisetas.
Onde encontramos produtos sem glúten no RJ?
Nas lojas de produtos naturais das grandes cidades e alguns supermercados. Temos empresas de produtos sem glúten que tem sede no Rio: Pão do Fred, Pão da Beth, Vida sem Glúten, Delícias sem Glúten, Cultivar Brasil, Gaiatri, Talho Capixaba.
Como entrar em contato com a ACELBRA-RJ?
Visite o site riosemgluten.com ou nos escreva através do e-mail: [email protected] / Tel: 24-9826-4037 / 24 -3377-3327
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Eleições na ACELBRA-RJ
No dia 16 de maio de 2010 foi eleita a nova diretoria da Associação de Celíacos do Rio de Janeiro , com vigência entre maio de 2010 e maio de 2012. A nova presidente, Miriam Francisca da Silva já vem representando a Entidade no Conselho Estadual de Segurança Alimentar ( CONSEA-RJ) e também no Conselho Estadual de Alimentação Escolar ( CAE-RJ ). Seu dinamismo e disposição para o trabalho voluntário trarão muitos benefícios para os celíacos de nosso Estado.
Parabéns a todos da Nova Diretoria !!!
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Amigos,
Neste sábado último, dia 15 de maio de 2010, recebemos em nossa sede as presenças ilustres e amigas de Raquel Benati (Presidente da ACELBRA/RJ) e de Tatiana Abrantes (Nutricionista) que ministraram a palestra "A Doença Celíaca e o Autismo: Uma Relação Pouco Conhecida".
O assunto riquíssimo nos trouxe muito aprendizado, e rendeu muitas discussões e argumentações, o que fez da palestra algo dinâmico e elucidativo.
Essa palestra também ficou marcada como um dos eventos da ACELBRA/RJ em Maio, Mês da Conscientização Sobre a Doença Celíaca. A APADEM se orgulha dessa parceria, e de podermos também divulgar o assunto, ainda tão desconhecido de nossa população. O trabalho social feito pelas duas associações é de suma importância para a população do nosso Estado.
Estiveram presentes os pais associados, e também profissionais da saúde e educação; agradecemos a presença de todos, e principalmente das palestrantes que serão sempre benvindas à nossa casa.
Agradecemos também a mídia que fez uma bela divulgação do evento.
Abraços Fraternos,
Claudia Moraes
(Presidente da APADEM - Volta redonda - RJ)
http://apadem.blogspot.com/
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Claudia Moraes - presidente da APADEM
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Pais e associados da APADEM
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Nutricionista Tatiana Abrantes
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Raquel Benati - ACELBRA-RJ
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Alimentos que contêm glúten devem ter aviso sobre doença celíaca
A embalagem de alimentos contendo glúten, como os derivados de trigo, cevada e aveia, precisam comunicar não apenas a presença da substância mas também informar sobre a doença celíaca, uma intolerância a essa proteína. A decisão é da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Turma seguiu o voto do relator, ministro Castro Meira, ficando vencida ministra Eliana Calmon.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) interpôs o recurso contra julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que considerou que não ser viável que todos os produtos contivessem informações dos inconvenientes que poderiam causar a cada grupo de determinadas pessoas. Para o tribunal, o aviso só seria obrigatório se significasse risco ao público em geral.
O recurso do MP, alegou que o TJMG não apreciou a argumentação apresentada. Afirmou ainda que o artigo 31 da Lei n. 8.078, de 1990, que define que os consumidores têm o direito de receber informações completas sobre o produto, incluindo possíveis riscos à saúde, foi desrespeitado. Para o MP, os celíacos (portadores dessa intolerância) têm direito de serem informados e advertidos claramente dos riscos dos produtos. E que apenas a expressão “contém glúten” seria insuficiente.
No seu voto, o ministro Castro Meira apontou que a questão já havia sido tratada anteriormente na Turma, quando se decidiu que a mera expressão “contém glúten” era insuficiente para informar os consumidores acerca da prejudicialidade do produto ao bem-estar daqueles acometidos pela doença celíaca.
O magistrado apontou ainda que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) tem como base o princípio da vulnerabilidade do consumidor e que informações claras, verdadeiras e precisas sobre o produto são obrigatórias. Para o ministro Castro Meira, o CDC defende todos os consumidores e também estende sua proteção aos chamados “hipervulneráveis”, obrigando que os agentes econômicos atendam a peculiaridades da saúde desses consumidores.
http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=95686#
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2009
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ADVERTÊNCIA. GLÚTEN. DOENÇA CELÍACA.
O STJ reiterou seu entendimento de que a simples expressão “contém glúten” é insuficiente para informar os consumidores sobre os prejuízos que o produto causa aos portadores da doença celíaca e, consequentemente, torna-se necessária a advertência quanto aos eventuais malefícios que o alimento pode causar àquelas pessoas.
Precedente citado: REsp 586.316-MG, DJe 19/3/2009.
REsp 722.940 - MG, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 24/11/2009.
www.stj.gov.br
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VIA VERDE NATURAIS
Fernanda Con’Andra - jornalista
Muito já se fala sobre os problemas que o glúten, substância encontrada no trigo, na cevada e na aveia podem provocar no nosso organismo. Segundo a Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra), a intolerância ao glúten geralmente se manifestada na infância, entre o primeiro e terceiro ano de vida, podendo entretanto, surgir em qualquer idade, inclusive na adulta. O glúten agride e danifica as vilosidades do intestino delgado e prejudica a absorção dos alimentos. A proteína não desaparece quando os alimentos são assados ou cozidos, e por isto uma dieta deve ser seguida à risca. Assim, em tempos de alimentação saudável e muitos casos de intoxicação alimentar já é possível encontrar desde de pães a temperos sem essa substância muito presente em cereais como trigo, aveia e centeio.
A recomendação de restrição ao glúten, antes restrita às pessoas com intolerância ou sensibilidade ao alimento, caiu no gosto de muito consumidores que estão de olho na balança. Com isso, o que engordou foi a venda de produtos isentos da proteína.
Alimentos sem glúten ganham seção especial na Via Verde Produtos Naturais
Para os adeptos do consumo de produtos sem glúten, a rede Via Verde Produtos Naturais criou uma seção especial para os alimentos sem glúten onde podem ser encontrados diversos itens que vão desde à farinha sem glúten até o macarrão bifum, bolos, brownie, pães e torradas, bebidas, biscoitos salgados e doces, massas, barrinhas de cereais e sobremesas.
“A Via Verde possui entre seus produtos sem glúten, biscoitos salgados e doces, pães, bolos, massas, granola, farináceos, torradas temperadas, barrinhas de cereais. É uma demanda que aumentou por conta dos alertas de médicos sobre alergias alimentares, e isso despertou o interesse por esse tipo de alimento. São produtos saudáveis com um preço diferenciado, mas que são valores muito acessíveis aos consumidores. Tanto que a procura é grande, sobretudo por adultos, idosos e pessoas que descobriram recentemente alergia ao glúten”, ressalta o diretor de franquias da Via Verde Produtos Naturais, Paulo Roberto Sattler Júnior.
Aliando saúde e nutrição, as lojas da Via Verde Produtos Naturais acabam de receber o primeiro biscoito feito de soja 100% zero do Brasil, ou seja, sem lactose, sem glúten e sem adição de açúcar. São os Cookies Hué Soy podem ser encontrados nas versões Chocolate Diet, Soja Diet e Soja Zero (a partir de R$ 4,70). Por não terem lactose, glúten e açúcar os biscoitos são especialmente indicados para quem segue dietas com baixa ingestão de calorias e açúcares, diabéticos e celíacos, que têm intolerância ao glúten. Produzidos com sucralose, os biscoitos são extremamente saborosos e não deixam aquele sabor residual amargo, típico de muitos adoçantes.
Pesquisas recentes revelam que 100 gramas de soja são suficientes para atender 75% das necessidades de proteínas para o homem, 95% para a mulher e 125% para a criança. A mesma porção de grãos contribui com 100% das carências de tiamina para a mulher, 75% para o homem e 85% para a criança. Proporciona, ainda, 50% das necessidades de ferro para a mulher e 100% para a criança.
A rede também oferece outros produtos à base do grão como barra de chocolate de soja, leite de soja pronto para beber, farinha de soja, sojinha torrada natural e pastas de soja. A rede dispõe ainda de grande variedade de produtos diets e lights, cereais, suplementos alimentares, vitaminas nacionais e importadas, além de lanchonete com salgados integrais e tortas sem adição de açúcar e sem glúten.
Alguns produtos sem glúten que são vendidos na Via Verde:
. Macarrão Bifum 200g (macarrão de arroz)
. Quinua em flocos
. Barrinha de Quinua Real
. Preparo para lasanha
. Mini Pizza
. Brownnie
. Cookies HUÉ Soy
. Biscoito de coco
. Cookie integral de castanha
. Farinha de arroz
. Farinha sem glúten
. Mandioquinha assada
. Pão de abobora diet; Pão de aipim diet; Pao integral diet; Pão de linhaça; Pão light; Pão branco
. Torradas
. Bolinho de chocolate; Bolinho de laranja; Bolo de banana
Via Verde Produtos Naturais
Rua Acadêmico Valter Gonçalves, nº 1 – loja 107, Niterói
Rua Voluntários da Pátria nº 278, Botafogo
Rua do Catete n° 311 – loja 118, Galeria São Luiz, Catete
Rua das Laranjeiras, 462 loja D, Laranjeiras
Rua Conde de Bonfim, 244 loja A, Tijuca
Tels.: (21) 3239-0320 / (21) 3235-5504 / (21) 2225-6574 / (21) 2567-5923 /(21) 2705-1540
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MS define diretrizes para diagnóstico da doença celíaca
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença Celíaca aprovado
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Por Redação Pantanal News/Agência Saúde - 19 de setembro de 2009
Protocolo inédito traz diretrizes claras de detecção da enfermidade. Governo federal destina R$ 793,8 mil para exames de detecção da doença
Os portadores de doença celíaca terão acesso a novo serviço de diagnóstico e acompanhamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde (MS) publicou no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira, 18 de setembro, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença Celíaca, enfermidade caracterizada pela intolerância permanente ao glúten — proteína presente no trigo, centeio, cevada e aveia.
O Ministério da Saúde também estabeleceu recursos financeiros anuais na ordem de R$ 793,8 mil para a realização dos procedimentos de triagem e diagnóstico constantes no protocolo. A estimativa é que 25 mil pessoas ao ano tenham acesso aos exames de detecção da doença, 48% a mais que em 2008, quando foram realizados 16.856 procedimentos. Hoje, a Federação de Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) informa ter 15 mil pacientes celíacos cadastrados.
Para a coordenadora da Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, Maria Inez Pordeus Gadelha, o novo protocolo contribuirá de forma efetiva para a melhoria da qualidade da atenção prestada aos pacientes celíacos. “Baseado em evidências cientificamente comprovadas, o protocolo democratiza o acesso ao conhecimento médico de qualidade, orienta o diagnóstico e aperfeiçoa os processos de gestão do SUS”, afirma a coordenadora.
CRITÉRIOS - Colocado em Consulta Pública em 2008, o novo protocolo estabelece critérios claros de diagnóstico. A doença celíaca caracteriza-se por sérias lesões na mucosa do intestino delgado, o que gera uma redução na absorção de nutrientes. Os sintomas intestinais incluem diarreia crônica ou prisão de ventre, inchaço, irritabilidade e pouco ganho de peso. Os pacientes podem apresentar atraso de crescimento e da puberdade, anemia provocada pela carência de ferro e osteoporose. Por outro lado, há casos em que a doença celíaca não apresenta manifestações clínicas.
De acordo com o documento, é importante a realização de exames de sangue. Embora seja um exame sensível e específico, a detecção do anticorpo antitransglutaminase não é definitiva para o diagnóstico da doença celíaca. A confirmação deve ser realizada por meio da observação de mudanças nas vilosidades da parede interna (mucosa) do intestino delgado. Para a análise, uma amostra do intestino delgado é coletada por meio de endoscopia com biópsia. Nesse procedimento, um instrumento flexível como uma sonda é inserido por meio da boca, passa pela garganta, pelo estômago e chega ao intestino delgado para se obter pequenas amostras de tecido.
Independentemente das manifestações clínicas, o tratamento da doença é feito com dieta sem glúten, isto é, exclusão de alimentos que contenham trigo, centeio, cevada e aveia. Segundo o protocolo, a dieta pode ocasionar mudanças não apenas na rotina dos celíacos, mas também de toda a sua família. Isso ocorre porque, devido ao caráter familiar da desordem, aproximadamente 10% dos parentes dos celíacos podem apresentar a mesma doença.
Outra orientação contida no protocolo é para que os médicos fiquem atentos a possíveis deficiências nutricionais decorrentes da má-absorção dos nutrientes, por exemplo, deficiências de ferro, ácido fólico, vitamina B12 e cálcio.
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Justiça Federal estabelece medidas inovadoras
para a prevenção de reações alérgicas
O que ovos, leite, crustáceos, peixes e soja têm em comum? Além de facilmente encontrados nas refeições dos brasileiros, esses alimentos básicos, matérias–primas para outros alimentos, integram a lista dos principais alérgenos alimentares, ao lado da mostarda, castanhas, cereais contendo glúten, amendoim e gergelim.
Embora responsáveis pelo maior número de casos de manifestações alérgicas – mal que pode até causar a morte, atingindo parcela expressiva da população, representada por cerca de até 8% entre as crianças e 2% entre os adultos – os produtos que contêm aquelas substâncias em sua composição são normalmente comercializados sem nenhum aviso a respeito de sua presença. E, ainda mais grave, produtos antes isentos, que passam a incorporá-las, também não informam expressamente a mudança de composição.
Estes foram os dados apurados, dentre outros, pelo Juiz Federal Fernando Escrivani, substituto da 2ª Vara de Sergipe, ao condenar a ANVISA a adotar regras informativas claras e ostensivas para que os rótulos/embalagens dos produtos submetidos à sua fiscalização identifiquem a presença dos principais alérgenos. Dessa forma, a parcela de consumidores vitimada por alergias poderá evitar, com segurança, exposição a componentes que, embora inofensivos para a maioria, podem ser fatais para quem sofre a doença.
Ao presidir a condução da ação civil pública proposta pelo Procurador da República Bruno Calabrich, integrante do MPF em Sergipe, o Juiz Fernando Escrivani selecionou inicialmente três especialistas no assunto, qualificados por seus conhecimentos técnicos e experiência no trato de reações alérgicas, a fim de que participassem de uma audiência pública na condição de interlocutores da sociedade, contribuindo para avaliar o atual quadro normativo editado pela ANVISA e sugerir alterações para uma proteção mais efetiva do consumidor alérgico.
Da audiência pública, destaca Fernando Escrivani, surgiu um diferencial de extrema relevância. Por força das informações contundentes prestadas pelos três especialistas, o magistrado ordenou – com a concordância do MPF e da própria ANVISA – a instalação de um grupo de trabalho, composto por onze especialistas de todo o País e um servidor do quadro técnico da agência, para aprofundar a avaliação do quadro normativo e elaborar propostas para modificação das regras de rotulagem não só de alimentos, mas também de produtos de uso pessoal, cosméticos e medicamentos, sempre com o objetivo de assegurar informações necessárias à prevenção adequada de reações alérgicas.
O grupo, coordenado pelos médicos Jackeline Motta Franco (mestre e coordenadora do grupo de alergia alimentar da Universidade Federal de Sergipe), José Carlos Perini (especialista do Espírito Santo, indicado pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia – ASBAI) e Mario Adriano dos Santos (doutor em patologia, especialista em alergia e professor universitário), desenvolveu seus trabalhos ao longo de quatro meses, utilizando como ferramenta de comunicação um sistema coletivo de e-mails, eleito pelo Juiz Fernando Escrivani – que mediou os trabalhos - por garantir troca de mensagens em tempo real e não exigir dispêndios.
Ao fim, a ANVISA, defendida pelo Procurador Federal Paulo Mônaco, manifestou a impossibilidade de aceitar, por acordo, as sugestões elaboradas pelos especialistas, embora estas tivessem tomado por base o conhecimento científico vigente, as recomendações de organizações internacionais de saúde e as legislações adotadas pelos Estados Unidos, Canadá e Comunidade Européia.
Em razão disso, Fernando Escrivani fundamentou sua decisão na necessidade de conferir concretização suficiente aos direitos fundamentais à vida, à saúde e à proteção ao consumidor e, afastando a chamada discricionariedade técnica da agência reguladora, impondo-lhe a observância de parâmetros mínimos obrigatórios de informação que o Juiz estabeleceu e detalhou ao longo de sua sentença.
Por ter sido concedida ainda antecipação de tutela, caso não haja recurso, em até oito meses (prazo necessário de adaptação), os rótulos de alimentos, por exemplo, deverão conter a seguinte mensagem: “ATENÇÃO: CONTÉM LEITE” (ou quaisquer dos outros alérgenos principais), utilizando-se sempre o nome pelo qual o alérgeno é popularmente conhecido e padrões de comunicação visual que permitam sua fácil identificação pelo consumidor.
Veja sentença.
http://www.jfse.jus.br/noticiasbusca/noticias_2009/setembro/alergia.html
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Nestlé indeniza consumidora prejudicada por embalagem inadequada
Última Instância - Da Redação - 10/09/2009 - 15h23
O TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) condenou a Nestlé a pagar indenização por danos morais e materiais, no valor total de R$ 15.889,20, à secretária Adalgisa Maria Junho, de 48 anos, que consumiu bombons de uma caixa que não trazia o alerta de que os produtos continham glúten, uma proteína de origem vegetal —ingrediente ao qual ela é alérgica, pois sofre da doença celíca (intolerância permanente ao glúten).
Conforme consta nos autos, a secretária relatou que, em julho de 2002, comprou uma caixa de bombons “Especialidades Nestlé” e, examinando a caixa externa do produto, que apresenta a composição de cada chocolate, ela não encontrou a presença da proteína no Crunch e no Chokito, por isso os comeu. Entretanto, acidentalmente, lendo o rótulo unitário, constatou que havia glúten em ambos os bombons. “Eu estava distraída, brincando com os papeizinhos, quando li a embalagem”, relatou.
A ingestão da substância desencadeia a doença, antes sob controle por conta de restrições alimentares. Adalgisa alegou que sofreu “mal-estar constante acompanhado por enjôos, formação de gases e intensas diarréias”, além de desenvolver inflamação do duodeno.
De acordo com a Acelbra (Associação dos Celíacos do Brasil), “o único tratamento para a doença consiste na dieta isenta de glúten por toda a vida”. Por isso foi estabelecido na Lei 8.543/92, que todas as empresas alimentícias cujos produtos contenham glúten devem informar a presença da proteína em suas embalagens, visivelmente.
Prejudicada, a consumidora entrou em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da Nestlé para ser recompensada e alertar sobre a situação, para prevenir que outros alérgicos também sofressem. O serviço a orientou a procurar um médico, providenciar o tratamento e enviar os laudos e recibos para o reembolso das despesas.
Porém, ao solicitar o reembolso no valor de R$ 889,20, Adalgisa foi informada de que para receber a quantia, teria que assinar uma declaração comprometendo-se a não divulgar ou reclamar em juízo da empresa —caso se recusasse a fazê-lo, não receberia nada.
Ainda que estivesse passando por dificuldades financeiras na época, a secretária tentou retirar do contrato a cláusula que proibia divulgação. Após ser pressionada pela nutricionista a aceitar o acordo, a consumidora não cedeu e decidiu buscar ajuda no Procon.
A coordenadora do Procon de Itajubá (MG), Maria Luiza Yokogawa, dirigiu-se ao estabelecimento “Mercadinho Ferreira” e apreendeu duas caixas do produto com mesmo lote e prazo de validade. Verificando que as informações relativas ao glúten não constavam da embalagem e que a análise da Funed (Fundação Ezequiel Dias) qualificou o invólucro do produto como inadequado, o Procon instaurou processo administrativo contra a Nestlé e condenou a multinacional ao pagamento de multa de R$ 105.972,59. A companhia recorreu da decisão, mas a Secretaria do Governo de Itajubá manteve a punição, deferindo, contudo, a redução do montante a pagar.
Impasse
Diante da recusa da empresa arcar com o ressarcimento, a secretária ajuizou ação em 30 de setembro de 2003. O juiz da 3ª Vara Cível de Itajubá Willys Vilas Boas, proferiu em 26 de maio de 2006 sentença de primeira instância favorável à consumidora, rejeitando os argumentos da Nestlé de que a culpa era exclusiva da vítima.
A empresa alegou que para saber da presença do glúten “basta saber ler” e que o dano tinha como única causa a própria responsabilidade da mulher.
Entretanto, para o magistrado, “ficou cabalmente comprovado o equívoco e sua posterior correção, pois a empresa acabou modificando sua embalagem. Também não tenho dúvida de que a omissão da expressão ‘contém glúten’ gerou danos à saúde da autora”.
Com isso, a Nestlé decidiu recorrer da decisão, afirmando que “a presença de glúten nos bombons em questão é de 20 partes por bilhão”, sendo, portanto, praticamente irrelevante e consistindo em traços ínfimos da substância, resultantes de eventual contaminação de um grão por outro.
Além disso, alegou que a medida de divulgar a existência de glúten seria apenas uma precaução, porque as máquinas utilizadas para processamento dos flocos de arroz, que estão presentes no Crunch e no Chokito e não contêm glúten, são empregadas também para processar cereais cuja composição inclui a proteína prejudicial aos celíacos.
Ainda assim, para o desembargador Alberto Aluízio Pacheco de Andrade, da 10ª Câmara Cível do TJ, a decisão primitiva deveria ser mantida. Portanto, o magistrado negou provimento à Nestlé, pois entendeu que “ficou caracterizado o vício oculto”.
“A ausência de advertência da existência de glúten entre os ingredientes do produto levou a autora a consumir o produto e deflagrou os sintomas da doença. Isso caracteriza ocorrência de dano moral passível de indenização”, finalizou o desembargador.
NESTLE+INDENIZA+CONSUMIDORA+PREJUDICADA+POR+EMBALAGEM+INADEQUADA_65657.shtml
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Polêmica indigesta na mesa
Projeto de lei sobre aviso de presença de glúten nos alimentos revolta grupo de doentes
Jornal O DIA ONLINE - 03/08/2009
Rio - Uma mensagem com apenas três palavras, mas essencial para portadores de uma doença, está no centro de uma polêmica. Se aprovado na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que pode eliminar dos rótulos de embalagens de alimentos a inscrição ‘não contém glúten’ vai complicar a vida das vítimas da doença celíaca, que têm dificuldade para processar certas substâncias.
O Projeto de Lei 336/2007, de autoria do deputado Ciro Pedrosa (PV-MG), recebeu parecer favorável do relator Maurício Trindade (PR-BA) e trata da exibição do símbolo internacional de alimentos isentos de glúten nos rótulos das embalagens. O problema, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), é que o Projeto de Lei 943/2007, do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), foi anexado ao primeiro e sustenta que a indústria alimentícia indique a ausência da proteína somente em produtos dos quais ela foi retirada por processo tecnológico.
Se aprovada junto com o projeto posterior, a proposta de Perondi, que já havia sido arquivada pelo próprio parlamentar, iria de encontro à lei 10674/2003, que garante a obrigatoriedade da inscrição ‘não contém glúten’, e a derrubaria, prejudicando celíacos.
Segundo a assessoria do deputado federal Maurício Trindade, “há uma visão errônea do projeto”, pois a ideia é que o símbolo internacional de alimentos isentos de glúten acompanhe a frase ‘não contém glúten’, dando, portanto, maior segurança aos celíacos.
“Um símbolo não garante nada. Queremos que a Lei 10.674 continue como está, sem modificações. A informação nos rótulos foi um avanço, pois o celíaco gasta a metade do tempo para fazer compras, já sabendo o que pode consumir. Não há processo tecnológico que tire totalmente o glúten dos alimentos”, destaca Nildes Oliveira, presidente da Fenacelbra e membro do Conselho Nacional de Saúde.
Para Dani Acioli, 34, mãe de Theo, 4, portador da doença celíaca, ver nos rótulos a inscrição ‘não contém glúten’ é essencial para garantir a saúde do filho: “Seria um retrocesso perder essa informação”.
O projeto ainda está parado. Haverá audiência com representantes de associações de celíacos para esclarecimento. Integrantes da Fenacelbra fizeram abaixo-assinado contra o projeto na Internet: www.abaixoassinado.org.
Doença celíaca impede ingestão da proteína
Doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten — proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e malte —, que acomete indivíduos com predisposição genética e se caracteriza pela inflamação da mucosa do intestino delgado, impedindo a absorção adequada dos alimentos, sais minerais e vitaminas. Geralmente se manifesta na infância, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive em adultos.
Como não há cura, o tratamento consiste na dieta isenta de glúten por toda a vida. O exame que diagnostica a doença celíaca, biópsia do intestino delgado, ainda não é feito pelo Sistema Único de Saúde. Mas o Ministério da Saúde já sinaliza que pretende incluí-lo no SUS.
GLÚTEN
É uma proteína presente no trigo, cevada, centeio, aveia, triticale, malte e painço, e em todos os seus derivados, como a farinha, farelos e germe. Vítimas da doença celíaca não podem ingerir glúten.
http://odia.terra.com.br/portal/conexaoleitor/html/2009/8/polemica_indigesta_na_mesa_27182.html
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DOENÇA CELÍACA E DOENÇA VASCULAR
Um estudo holandês revelou que os suplementos de vitamina B reduzem o risco de desenvolvimento de níveis muito elevados de homocisteína nos pacientes com doença celíaca, devendo ser considerados na gestão da doença.
O Dr. Muhammed Hadithi, do Centro Médico da Universidade de Vrije, em Amesterdão, explicou que a doença celíaca aumenta o risco de deficiência de folato e vitamina B12, o que pode contribuir para o desenvolvimento de níveis excessívos de homocisteína , um amino ácido, e a associação a doença vascular.
Os investigadores estudaram o efeito de suplementos de vitamina B6, folato e vitamina B12 diariamente (com uma dieta sem glúten) nos níveis da homocisteína em 51 adultos com doença celíaca e 50 adultos saudáveis com as mesmas idades e sexo para o controlo. A média de idades dos pacientes celíacos era de 56 anos e 40 por cento eram homens.
Vinte e cinco dos pacientes (49%) utilizaram suplementos de vitamina B. A dose diária de vitamina B6 foi de 1 a 6 miligramas, folato de 100 a 400 microgramas e vitamina B12 de 0,5 a 18 microgramas.
Como esperado, os pacientes celíacos que tomaram suplementos de vitamina B apresentaram níveis significativamente mais elevados de vitamina B6, folato e vitamina B12, em comparação com os pacientes celíacos que não receberam vitamina B e os controlos saudáveis.
Os pacientes celíacos que estavam a tomar vitaminas B também apresentaram níveis totais mais baixos de homocisteína (7,1 micromoles por litro - µmol/L) do que os pacientes que não receberam vitaminas B (11,0 µmol/L) e os controlos saudáveis (9,7 µmol/L).
De acordo os investigadores, os suplementos de vitamina B podem normalizar o estado de B6, folato e B12 e os níveis totais de homocisteína.
Os investigadores concluíram na “World Journal of Gastroenterology” que, mesmo que o benefício de baixar a homocisteína seja discutível, a deficiência de vitamina B a longo prazo deve ser evitada. Isto implica uma monitorização de rotina dos pacientes celíacos ou tratamento standard com doses moderadas de suplementos de vitamina B.
A doença celíaca, que pode afectar crianças e adultos, é uma intolerância a uma proteína do trigo, o glúten, provocando alterações no intestino que acarretam uma má absorção, que podem resultar em sintomas como diarreia frequente e perda de peso extrema.
março de 2009
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FENACELBRA envia a todos os prefeitos
documento solicitando informações sobre o atendimento aos celíacos
em cada município de nosso país.
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2008
Celíacos de ALAGOAS
O 2º Encontro dos Celíacos de Alagoas aconteceu no dia 29 de novembrode 2008 e foi um sucesso ! O encontro contou com cerca de 25 participantes, entre os quais 5 crianças, uma médica gastroenterologista, uma nutricionista e uma psicóloga. Durante o evento houve depoimentos e muita troca de experiência. Ao término da reunião nos deliciamos com receitas sem GLÚTEN trazidas pelas famílias. Foi mais um passo do grupo dos celíacos-Al rumo a fundação da ACELBRA-AL.
Glaucia Esteves
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Curso: Abordagem da Doença Celíaca na Nutrição Funcional
No dia 01 de novembro o Profº Roberto Marcilio, Nutricionista formado pela UNI-RIO, com Doutorado na UNICAMP, promoveu a realização do Curso "Abordagem da Doença Celíaca na Nutrição Funcional", para estudantes de Nutrição, realizado na Clínica Vera Cruz, em Bangu. A ACELBRA-RJ foi contemplada com uma vaga e esteve representada através da presença de Ester Benatti, membro da Diretoria. A Engenheira de Alimentos, Profª Maria Ivone Barbosa também ministrou aula. A Nutrição Funcional pode ajudar muito aos celíacos na recuperação e equilíbrio do seu organismo. O Profº Roberto tem vasta experiência com a Doença Celíaca, tendo desenvolvido sua tese de doutorado nessa área. Mais informações sobre o trabalho dele podem ser obtidas no site www.robertomarcilio.com .


Profº Roberto Marcílio e Ester Benati (ACELBRA-RJ)
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Empresa brasileira lança
site mundial sobre alergias alimentares
Nova comunidade online permite que atividades como comer fora de casa e viajar sejam mais fáceis, seguras e prazerosas para aqueles com restrições alimentares
www.specialgourmets.com

São Paulo, 22 de Julho de 2008. A Origem Scientifica, uma empresa de consultoria científica brasileira especializada em pesquisas na área de saúde e análise de dados, tem o prazer de anunciar o lançamento mundial do Specialgourmets.com, um guia interativo e dinâmico com o objetivo de tornar experiências como viajar e jantar fora mais seguras e prazerosas para pessoas com alergias alimentares e doença celíaca. Nascido da necessidade dos próprios fundadores e sua família, o Specialgourmets é um guia inovador, cujo conteúdo será gerado (e gerenciado) por uma comunidade inteira de pessoas que compartilham das mesmas experiências e restrições alimentares em todo o mundo. Usando um mapa, os usuários poderão buscar e visualizar lugares adequados (como restaurantes, bares, lojas e hotéis) em qualquer região geográfica (país, cidade, bairro), adicionar novos estabelecimento onde tiveram experiências positivas, escrever revisões sobre os estabelecimentos listados, corrigir e atualizar as informações sobre um determinado lugar, imprimir listas para levar em viagens, compartilhar lugares favoritos com seus amigos e receber alertas por email quando um novo estabelecimento adequando às suas dietas seja adicionado em uma região ou quando novas revisões sejam feitas para estabelecimentos determinados pelo próprio usuário. O Specialgourmets já está disponível em três idiomas (Português, Inglês e Espanhol), mas novos idiomas serão incluídos em breve.
Milhões de pessoas no mundo todo (as estimativas mais conservadoras situam a cifra em torno de 200 milhões de pessoas) sofrem de algum tipo de alergia alimentar (como alergia a ovos, peixe, frutos de mar, leite, soja e amendoim) ou de doença celíaca, um problema auto-imune causado pela ingestão de glúten (uma proteína presente no trigo, cevada e centeio). Para estas pessoas, a ingestão de quantidades ínfimas do alimento que não podem comer pode ser extremamente prejudicial à saúde e em alguns casos até mesmo fatal. Dessa forma, comer fora e viajar tornam-se atividades não somente limitadas, como também estressantes e até perigososas. De acordo com a fundadora do Specialgourmets, formada em Biociências pela Universidade de São Paulo e doutora pela Universidade de Oxford, Cynthia Schuck Paim, encontrar um lugar que ofereça opções para essas dietas de forma segura pode ser difícil, e não existe ninguém melhor do que alguém que possua a mesma restrição alimentar para sugerir estabelecimentos apropriados.
O site é o primeiro do gênero no mundo e está sendo lançado simultâneamente em vários países pela empresa brasileira. Ao oferecer uma série de ferramentas e recursos tecnológicos que permitem aos usuários compartilhar de suas experiências, bem como um sistema abrangente de busca e de alertas, o Specialgourmets permitirá àqueles com alergias e restrições alimentares desfrutar das riquezas culinárias do mundo com mais facilidade, tranquilidade e prazer. Outro objetivo do website é o de facilitar a busca de Associações e Grupos de Apoio os quais atuem em determinadas áreas geográficas, e desta forma apoiar o magnífico trabalho destas Associações na divulgação e concientização dessa questão na sociedade. O site também disponibiliza uma seção de dicas e conselhos que os usuários devem seguir quando forem comer fora, cartões para serem levados aos restaurantes (os quais podem ser personalizados), bem como um resumo dos procedimentos básicos que os estabelecimentos do setor alimentício (restaurantes, bares, hotéis) devem seguir para que possam servir, de forma segura aos clientes, refeições sem glúten e sem os alimentos responsáveis pelas alergias mais comuns. Todos os serviços são inteiramente gratuitos, tanto para usuários como para donos de estabelecimentos.
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Livro
Lançamento em Porto Alegre no dia 06 de junho de 2008 do livro "Glúten e Obesidade: a verdade que emagrece " de Regina Racco, contou com a presidente da ACELBAR-RS, Suzana Schommer e da Nutricionista Elenise Corbari.

www.gluteneobesidade.com.br
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Laboratório americano avança em seus estudos na busca de medicamento que possa ajudar aos portadores de doença celíaca. Para mais informações sobre o AT 1001, visite o site da Alba Therapeutics - www.albatherapeutics.com .
Para ver a animação de como o AT 1001 age no organismo, visite o link:
http://www.albatherapeutics.com/Vision/TechnologyOverview/tabid/168/Default.aspx
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2007
Odontologia pode ajudar a diagnosticar intolerância ao glúten
Publicado em Divulgação científica
05 de Outubro de 2007
Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG mostra que dentistas podem identificar sinais da doença celíaca e encaminhar pacientes para tratamento médico mais cedo.
A doença celíaca é a intolerância permanente ao glúten - substância encontrada em alimentos como trigo, centeio, aveia e cevada. Uma doença comum. Sua prevalência pode chegar a 1% da população mundial.
O primeiro estudo realizado em bancos de sangue no Brasil e na América Latina, em 1999, indicou prevalência de um celíaco para cada 681 brasileiros.
Em 2000, outra pesquisa, coordenada pela mesma autora, Eleonora Gandolfi, mas com metodologia diferente e desenvolvida dentro de um hospital (Universitário de Brasília - com 1686 crianças e adolescentes), identificou a ocorrência de um celíaco para cada 281 pacientes. Apesar das diferenças, os dois estudos denotam que a prevalência da doença merece atenção.
Essas informações integram a dissertação de mestrado “Prevalência da hipoplasia de esmalte dental em pacientes celíacos”, defendida hoje, 5 de setembro, pela cirurgiã-dentista Luciana Quintão Foscolo Melo, dentro do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG (Saúde da Criança e do Adolescente).
Luciana Melo explica que a hipoplasia dental, um defeito na formação dos dentes que resulta no aparecimento de manchas no esmalte, além de comprometer a estética também aumenta a vulnerabilidade a cáries.
Mas a novidade de sua pesquisa é apresentar a má formação também como um sinal que, se devidamente avaliado pelos dentistas, pode ajudar os médicos a diagnosticar mais cedo esses pacientes.
A conseqüência desse intercâmbio é que, uma vez deixando de ingerir o glúten, desaparecem todos os sintomas. Os mais freqüentes são o atraso do crescimento e, em adolescentes, puberdade retardada.
Mas, de uma vasta lista pode-se também destacar , com variações individuais, em geral, sintoma gastrintestinal variando em tipo e intensidade (como diarréia, excesso de gases, soluços constantes, cólicas e vômitos), perda de peso, perda de musculatura, e, na maioria das vezes, falta de apetite.
Uma dificuldade para a troca de informação entre os profissionais é, na avaliação da autora, que muitos dentistas desconhecem a doença celíaca. Para isso, ela propõe que o remédio seja a ampla difusão da informação científica a respeito.
Outra postura que defende é que o dentista contemporâneo, além de tratar os dentes, deve estar apto a contribuir com a medicina na promoção da saúde da população, de forma mais ampla que no passado. O médico, por sua vez, também pode se valer do sinal dental como auxiliar na investigação que leve ao diagnóstico.
Embora seja comum, a doença celíaca é subdiagnosticada. O diretor da Faculdade de Medicina, professor Francisco Penna, gastroenterologista pediátrico e orientador da pesquisa, ensina que ela se apresenta de diferentes maneiras.
O paciente pode sofrer de anemia ou ter apenas baixa estatura, por exemplo, mas essas manifestações podem ter outras causas. “Quando a doença se manifesta da forma clássica, com diarréia, desnutrição e irritabilidade, dentre outros sinais, o diagnóstico fica mais fácil”, afirma.
Segundo o orientador, “a pesquisa traz mais um caminho. Um novo dado para prosseguir na investigação diagnóstica da doença celíaca”. Ele destaca ainda a importância da interdisciplinaridade para a devida promoção da Saúde e cita o Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de Medicina da UFMG, que atualmente recebe profissionais de várias áreas.
OS RESULTADOS
A pesquisa mostra que a hipoplasia dental é mais freqüente entre pessoas com intolerância ao glúten, embora possa ser provocada por outras doenças, como diabetes, asma e bronquite, ou até mesmo por traumas.
Foram avaliados 66 crianças e jovens, com idade de 7 a 23 anos, entre pacientes do Ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG e cadastrados na Associação dos Celíacos do Brasil, seção Minas Gerais. 34 eram celíacos e 32 não tinham a doença.
A porcentagem de celíacos com hipoplasia dental foi de 88,2%, enquanto no grupo de pacientes não-celíacos o porcentual atingiu 28,6%. De acordo com o estudo, as chances de um paciente celíaco desenvolver a hipoplasia dentária são 12,5 vezes maiores, se comparadas à incidência entre os não-celíacos.
A DOENÇA CELÍACA
O principal sintoma da doença celíaca é a diarréia crônica. A ingestão de glúten provoca inflamação no intestino delgado, que passa a apresentar falhas na absorção dos nutrientes. Uma das conseqüências é a desnutrição e o desenvolvimento de anemia resistente ao tratamento com ferro.
Descrita como patologia predominantemente de raça branca e de caráter genético-imunológico, há relatos de sua incidência em indivíduos mulatos e negros. Atinge pessoas de todas as idades, mas principalmente crianças, sendo mais freqüente nas mulheres do que nos homens.
Além disso, os celíacos podem apresentar déficit no crescimento, atraso menstrual, esterilidade e aftas recorrentes. Como a simples interrupção da ingestão de glúten faz desaparecer os sintomas, o diagnóstico precoce é tão importante.
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Nova linha da nutrição mostra que cada pessoa reage de um jeito aos alimentos e faz correções radicais na dieta para tratar de enxaqueca a hiperatividade
MÔNICA TARANTINO - ISTO É - On-line
Esqueça tudo o que ouviu falar até hoje sobre calorias e os efeitos da combinação de carboidratos e proteínas. O segredo da boa alimentação está em descobrir – e respeitar – as particularidades de cada organismo. Por essa premissa, há risco de que aquele cacho de uva que você come com prazer, por exemplo, cause reações nada benéficas ao seu corpo. Pelo menos é isso o que acreditam representantes de uma nova corrente da nutrição, os nutricionistas funcionais. Segundo essa linha de estudos, por mecanismos individuais, pode-se responder mal a alimentos e, com isso, sofrer reações alérgicas muitas vezes não reconhecidas como tal. A repetição dos episódios é nefasta. “O consumo excessivo de um alimento tido como inofensivo pode estar na origem de males como enxaqueca, ansiedade, tensão pré-menstrual, rinite, distúrbios de comportamento e hiperatividade”, explica a especialista em nutrição funcional Patricia Haiat Davidson, do Rio de Janeiro.
Os mecanismos que levam a esse desfecho só começaram a ser desvendados a partir da constatação de que é o metabolismo de cada um que determina o que e como o corpo aproveita os alimentos. “Posso me dar bem com aspargos ou leite, mas outra pessoa pode não ter as enzimas exigidas para a boa digestão”, explica Valéria Paschoal, vice-presidente do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional. Para esse segundo indivíduo, o resultado da ingestão repetida desses alimentos pode ser o desenvolvimento das alergias tardias. “Isso ocorre porque, com o tempo, o corpo se torna sensível às substâncias que não aproveita e se defende”, explica a nutricionista Lucyanna Kalluf, de São Paulo. A partir daí, o que se segue é a liberação de várias substâncias que, no final da cascata, prejudicam o funcionamento cerebral e todo o sistema vascular, expondo o organismo a várias doenças. Um dos pontos atingidos, por exemplo, é a fabricação de serotonina, composto envolvido no processamento das emoções. Em desequilíbrio, pode levar à depressão e ao agravamento dos sintomas da TPM.
Baseados nessa nova abordagem, os nutricionistas têm trabalhado em parceria com médicos para melhorar sintomas e prevenir doenças. Foi por intermédio de um psiquiatra que Solimar Lélis, de São Paulo, marcou uma consulta com Lucyanna em busca de opções para amenizar os sintomas de hiperatividade e transtorno de déficit de atenção do filho Helinho, 12 anos. Ela diagnosticou alergia a leite e derivados, tirou também produtos com trigo e alimentos com glutamato, como o molho de soja shoyu, que ele amava. “Contém glutamato monossódico, que leva à excitabilidade, péssimo para quem é hiperativo”, explica Lucyanna. Seguindo a dieta há um ano, o garoto se delicia com achocolatados de soja e biscoitos à base de polvilho e arroz e não toma mais remédio. “Ele está menos agitado, dorme profundamente e já o vi lendo revistas concentrado, o que antes era impensável”, comemora Solimar.
Para descobrir os alimentos que podem estar na raiz das doenças, os nutricionistas fazem uma investigação detalhada. No primeiro encontro, Helinho e Solimar responderam a mais de 100 perguntas sobre hábitos, alimentos mais consumidos, sensações e comportamentos associados à comida. As informações foram processadas por um programa de computador desenhado para revelar os inimigos do metabolismo do paciente. Alguns também são submetidos a exames para identificar alérgenos e possíveis alterações genéticas.
A partir dessas informações, cria-se um novo cardápio. A atriz Mariska Nichalik, 26 anos, deu uma virada radical na alimentação. Ela tinha sintomas intensos de TPM com duração de pelo menos 20 dias e sentia-se deprimida. Também lutava com o peso. Após uma consulta com a nutricionista Patrícia, cortou laticínios, refrigerante diet, pão, leite e glúten e incorporou alimentos como a couve-flor e o óleo de linhaça. “Não tive mais sintomas e perdi mais de cinco quilos”, conta. Outro ponto que preocupa os nutricionistas é o consumo exagerado de alimentos industrializados. “O risco é a grande ingestão de componentes químicos estranhos ao organismo, o que pode desencadear alergias e, conseqüentemente, outras doenças”, explica Lucyanna.
ISTO É ON-LINE - 27/08/2007
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ACELBRAs participam da
III CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL em Fortaleza
Entre os dias 03 e 06 de julho de 2007 foi realizada em Fortaleza a III Conferência Nacional de SAN, organizada pelo CONSEA e Governo Federal. As Acelbras estiveram presentes defendendo os direitos dos celíacos e de todos os portadores de necessidades alimentares especias ( diabéticos, hipertensos, fenilcetonúricos, alérgicos ). Durante a Conferência a Acelbra foi responsável pela organização de uma Oficina oferecida aos participantes ( Delegados e Observadores) onde pode apresentar a Doença Celíaca e as questões ligadas ao celíaco. A Nutricionista Margarida Silva ( Universidade Federal de Viçosa / Acelbra-MG ) foi a palestrante e os representantes das Acelbras contribuiram com a apresentação de esquetes teatrais para dinamizar a Oficina. No encerramento da Conferência a Acelbra apresentou uma MOÇÃO, encaminhada ao Ministério da Saúde:
"OS DELEGADOS DA III CNSAN SOLICITAM QUE O MINISTÉRIO DA SAÚDE, POR MEIO DA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA E ATENÇÃO À SAÚDE - SAS, CONCRETIZE O PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES DA DOENÇA CELÍACA E IMPLEMENTE A CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS, PRIORITARIAMENTE OS QUE ATUAM NA ATENÇÃO BÁSICA E PROGRAMA DA SAÚDE DA FAMÍLIA-PSF

Representantes das Acelbras e o Ministro Patrus Ananias
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Mercado alimentício não atende celíacos
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O interesse de Rose em desenvolver esse tipo de alimento surgiu de um problema enfrentado pela filha. Foto: Juliana Gonçalves.
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A necessidade de produtos especiais sem glúten torna os celíacos um público consumidor abandonado pelo mercado. Quando percebeu isso, baseada num problema da própria filha, Rose Abranches passou a desenvolver produtos a partir da banana verde, ou seja, sem glúten - a proteína que afeta a qualidade de vida dos celíacos. O organismo de quem tem esse problema produz anticorpos que combatem o glúten assim que toma contato com a proteína. Esses anticorpos atrofiam o intestino delgado, que perde a capacidade de absorver nutrientes.
JULIANA GONÇALVES
Ainda pouco conhecida, seus sintomas podem se confundir com outros distúrbios. Trata-se da doença celíaca - intolerância permanente ao glúten. A doença geralmente se manifesta na infância, entre o primeiro e o terceiro ano de vida. No entanto, pode surgir em qualquer idade, inclusive na adulta.
O organismo do celíaco produz anticorpos que combatem o glúten assim que toma contato com a proteína. Esses anticorpos atrofiam o intestino delgado, que perde a capacidade de absorver nutrientes. De acordo com a nutricionista Letícia Mantrim, a doença celíaca é uma deficiência permanente, que impede a absorção da proteína. "A ingestão de glúten provoca uma reação imunológica. É como se fosse um corpo estranho, que o organismo rejeita para se proteger", explicou Letícia.
A nutricionista explicou ainda que os sintomas e as reações do organismo dos celíacos variam muito. Em crianças os sintomas mais freqüentes são emagrecimento, anemia, diarréia crônica, vômito e distensão abdominal. Além disso, baixa estatura, osteoporose, prisão de ventre e irritabilidade podem ser indicativos da doença.
O glúten é uma proteína encontrada no trigo, na aveia, no centeio, na cevada e no malte. Assim, o único tratamento possível para a doença é a dieta isenta de qualquer alimento à base de algum desses ingredientes, ou seja, pães, bolos, massas, bolachas e bebidas (cerveja, whisky, vodka).
O paciente celíaco que ingere esses alimentos tem maior risco de desenvolver outras doenças, como problemas de tireóide, de fígado, nos rins, de pele e até câncer. Por isso, a doença pode até levar à morte. Qualquer quantidade de glúten pode ser prejudicial para o celíaco. Por isso existe até legislação para regulamentar o assunto. A lei federal 10.674, de 2003, obriga os fabricantes a identificarem nas embalagens a presença ou não de glúten nos alimentos industrializados. Conforme um estudo da Universidade de Brasília (UnB) existe um celíaco para cada 600 habitantes.
Vida de celíaco
O celíaco pode apresentar um conjunto de sintomas ou apenas um, o que às vezes atrasa e dificulta o diagnóstico da doença. Aline Gonçalves de Santa, por exemplo, só descobriu que era celíaca aos 13 anos de idade. O diagnóstico foi feito por causa da baixa estatura. Só depois de procurar o médico, preocupada com o fato de não estar crescendo, foi que Aline descobriu que era celíaca.
Diagnosticado o problema, Aline - hoje aos 17 anos - disse que cortou alimentos com glúten de sua alimentação e passou a substituir o trigo por outros ingredientes, como fubá, fécula de batata, farinha de arroz e amido de milho. No entanto, além do problema fisiológico, o celíaco enfrenta ainda outra dificuldade. "É muito difícil encontrar produtos sem glúten no mercado", contou Aline que elabora muitos dos produtos que consome.
Segundo informações da Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra), devido à falta de produtos industrializados especiais sem glúten no mercado brasileiro, a maior parte dos alimentos consumidos pelos celíacos é elaborada em casa, por eles mesmos. Foi aí que a microempresária Rose Mary Abranches encontrou uma brecha.
Inspirada num programa de televisão que ensinava como fazer salgadinho de banana, Rose passou a desenvolver novos produtos a partir da fruta. Além de pôr em prática a receita do salgadinho, ela desenvolveu misturas para bolos, tortas, nhoque, macarrão, almôndegas, empadas - tudo feito com banana verde, ou seja, sem glúten.
A última novidade é o granulado de banana para quibe, que inclusive já foi patenteado pela microempresária. Os produtos, além de saborosos, são nutritivos e saudáveis porque são elaborados com ingredientes naturais. Rose Mary Abranches demonstrou seus produtos na 47ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, realizada de 5 a 15 de abril.
O interesse de Rose em desenvolver esse tipo de alimento surgiu de um problema enfrentado pela filha. Depois de sofrer um aneurisma, seu organismo já não aceitava qualquer alimento. A aprovação foi tão grande que Rose decidiu comercializar seus produtos. Registrou-os, desenvolveu embalagens e passou a divulgar os produtos.
A maioria dos alimentos elaborados por ela surgiu a partir de pedidos de clientes com intolerância a algum tipo de alimento. Por isso, o empenho de Rose em criar novas alternativas é constante. A fim de ajudar as pessoas e diversificar seu negócio, ela faz experimentos frequentemente para chegar a novas receitas. Hoje ela já recebe encomendas de bolo, bem-casado, brigadeiro, beijinho, cajuzinho; e salgados, como coxinha, risóles, quibe e tortas. Tudo sem glúten. As últimas experiências têm sido na tentativa de produzir doce de leite de soja, agora para pessoas intolerantes à lactose.
www13.unopar.br/unopar/publicacao/manchete.action?m=355 - 24k -
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ESTUDO E PESQUISA PARA ESTABELECER UMA DIETA DENTRO DE LIMITE SEGURO, PARA PACIENTES DE DOENÇA CELÍACA
www.celiac.com
Pesquisadores de doença celíaca na Itália e no Centro de Pesquisas em Baltimore, Maryland USA, conduziram uma apuração aleatória multicentrada, com uso de placebo sem conhecimento de médicos e pacientes, envolvendo 49 indivíduos adultos que tiveram biópsia comprovada da doença celíaca. Eles estavam fazendo a dieta sem glúten, contendo menos de 5 mg de gluten por dia, por no mínimo dois anos.
O objetivo desse estudo era determinar se há um limite seguro para exposição diária e prolongada a uma pequena quantidade de gluten. Os ítens do estudo foram divididos em tres grupos, aos quais foram dadas cápsulas diárias contendo 0mg, 5mg e 50mg de gluten. Foram feitos exames e biópsias antes e depois do desafio. Um paciente ao qual foi fornecido 10mg de gluten diariamente experimentou recaída clínica, mas ao final não havia sido encontrada diferença significativa na contagem de IEL dos tres grupos, o que levou à conclusão de que " a ingestão de gluten contaminador pode ser mantido abaixo de 50 mg por dia no tratamento dos doentes celíacos".
Este estudo está em alinhamento com os anteriores, sobre ingestão limítrofe de gluten. Para ajudar a colocar as quantidades de gluten usadas na pesquisa em perspectiva e demonstrar porque o nível standard do Codex Alimentarius é considerado seguro para os pacientes, o debate a seguir servirá para quantificar o montante de gluten existente em ( ou que compõe) 50mg.
A quantidade de glúten no seu pão de trigo branco ( aproximadamente 30 gramas cada fatia) é por volta de 4.8 gramas ou 4.800 miligramas - normalmente 10% de seu peso. Se dividir 4.800 por 50 achará 96; então se uma fatia comum de pão branco for dividida em 96 pedaços se achará o que, mais ou menos, é considerado seguro para um doente celíaco consumir em um dia, de acordo com este estudo. Esta é uma fórmula que pode ser usada para determinar quantos miligramas de gluten há na sua alimentação, baseando-se em quantas partes por milhão (ppm) de glúten existe no produto. A fórmula portanto é: ppm do produto vezes o número de gramas do alimento dividido por mil, que é igual ao número de miligramas. O CODEX ALIMENTARIUS especifica que os alimentos naturalmente livres de glúten contém menos de 20ppm, e os que são fabricados sem glúten com a qualidade Codex contém menos de 200ppm. Usando esta fórmula se pode calcular quantas fatias de pão um celíaco pode ingerir para consumir 50 mg de glúten.
Este estudo e este artigo não são para estimular doentes celíacos a ingerir glúten. A realidade é que a contaminação cruzada de produtos supostamente sem glúten é muito comum, e muitos de nós que fazemos a dieta acabamos ingerindo, por desconhecimento, enormes quantidades diariamente. Estudos como este podem trazer perspectivas e mais consciência sobre alimento industrializado.
Tradução: ANA MARIA ALEMIDA XAVIER
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Nikkei também pode sofrer intolerância a glúten
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Karen Fukushima |
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O pão sem glúten é produto mais procurado por doentes celíacos |
Há poucos anos temos tido notícias de um mal ainda pouco conhecido, a doença celíaca – a intolerância ao glúten (proteína de cereais como o trigo, a cevada, o centeio e a aveia), da qual sofrem pessoas com predisposição genética, segundo a Associação de Celíacos do Rio de Janeiro (Acelbra-RJ). A entidade estima que, para cada celíaco diagnosticado, existem de cinco a oito sem o diagnóstico, por isso, ainda não existem estimativas exatas no Brasil. Mas calcula-se que, para cada grupo de 200 pessoas, uma tenha a doença, que pode ser descoberta tanto nos primeiros anos de vida quanto na fase adulta.
Estas pessoas não podem comer nenhum alimento que tenha glúten, para evitar o risco de desenvolver outras doenças, como osteoporose e até câncer. A dieta isenta de glúten é o único tratamento.
A doença tem preocupado a comunidade nikkei. Moisés Hirata, dono de uma loja de produtos dietéticos no Mercado Municipal de Curitiba, acabou focando o seu negócio em alimentos sem glúten porque a Associação de Celíacos do Paraná pediu que fornecesse. “Por conhecer algumas pessoas da Associação, descobri que precisavam de espaço para vender esses produtos. Até então queriam que os supermercado fornecessem. As redes não se comprometeram. Aceitei, desde que tivesse respaldo de compra e venda da Associação. Sigo à risca todas as dicas da assessoria e carrego a bandeira”, diz o lojista, que costuma freqüentar as reuniões da entidade.
Há estudos que apontam a incidência maior em mulheres e em parentes de primeiro grau de quem tem o problema. A engenheira eletricista Mari Watanabe descobriu que tinha dermatite herpetiforme - uma variedade da doença celíaca, que em vez de atacar o intestino ataca a pele – há cinco anos. A variedade é muito mais rara, atinge um em cada grupo de 100 mil e por isso ela levou mais tempo para aprender como se tratar. A engenheira havia acabado de perder a mãe, Haruko Oda, seis meses antes de ter o diagnóstico da doença, e teve que mudar todo o seu estilo de vida em função do tratamento.
Desde 1994, Mari administrava a empresa de equipamentos mecânicos herdada do pai, Akio Oda, localizada no bairro da Vila Hauer, em Curitiba. Quando a mãe faleceu, ela ficou em estado de estresse e começou a ter alergias que resultavam em feridas que nunca cicatrizavam. Teve febre, anemia e emagreceu. Após uma biópsia, descobriu que tinha a doença celíaca. A engenheira terceirizou a empresa e passou a ter uma vida mais tranqüila, mudando para Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
“Como as vendas da empresa caíram com a concorrência de importados, despedi funcionários, terceirizei os serviços e aluguei o barracão onde a empresa estava instalada”, conta.
Em Pinhais, além de aprender a fazer pães e massas sem usar farinha de trigo (substituindo por farinha de arroz, fécula de batata e polvilho de mandioca, entre outros), ela passou a fabricar componentes elétricos num ritmo mais vagaroso. E a dedicar-se a atividades pacíficas, como cultivar horta, fazer ilustrações botânicas (ela freqüenta um grupo de ilustradores no Jardim Botânico), além de participar de grupos e ir a congressos de celíacos para conhecer mais sobre a doença.
Mari está sempre alerta para o perigo de se “contaminar”, isto é, ingerir alimento com glúten, que acaba desencadeando alergias que causam bolhas em sua pele. Por isso, cada vez que vai a um restaurante ou comer fora, ela tem que criar estratégias. “Ou vou de barriga cheia pra não comer nada que faz mal ou até levo a base da massa quando sou convidada pra ir numa pizzaria com amigos”, diz, bem-humorada.
Ficha médica
A doença celíaca é conhecida desde o Século 11, mas só em 1888 foi descrita em detalhes por um pesquisador inglês, que achou que as farinhas poderiam ser as causadoras da moléstia. Em 1953 a teoria da doença foi comprovada. O diagnóstico é feito através de biópsia da mucosa intestinal,
de endoscopia digestiva e/ou da resposta à dieta isenta de glúten.
Sintomas típicos
Adultos: diarréia crônica, perda de peso, anemia, distensão abdominal e fraqueza
Crianças: retardo no desenvolvimento, baixa estatura, perda de peso, vômitos, diarréia, dor abdominal recorrente, desnutrição
Em ambos: anemia por deficiência de ferro, neuropatia periférica
Condições associadas : pode estar associada a outros males como câncer.
Tratamento: dieta estritamente sem glúten, por toda a vida. Com a dieta correta, há regressão completa da lesão intestinal e dos sintomas.
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Fonte: Paraná Shimbun |
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22/12/2006 03:48
Secretaria Municipal de Saúde atende celíacos e fenilcetonúricos
Cascavel, PR - A Secretaria de Saúde da Cascavel (PR) através do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) realizou esta semana, no Centro Especializado de Atendimento à Criança (Ceacri) o repasse de 28 cestas – referentes aos meses de Dezembro e Janeiro – e brinquedos, para os 14 pacientes (10 celíacos e 4 fenilcetonúricos), que são atendidos no Programa de Apoio à Portadores de Intolerâncias Alimentares.
De acordo com a nutricionista, Márcia Dalla Costa, o trabalho é desenvolvido a alguns anos em parceria com o Governo do Estado. “Mensalmente o grupo reúne-se para trocar experiências, bem como receber cesta de alimentos específicos ao tratamento da doença”, explicou.
A fenilcetonúrica é uma doença congênita, que se não tratada corretamente causa deficiência mental. É uma das cinco doenças detectadas pelo Teste do Pezinho, que incide em média em um caso para cada 28 mil bebês nascidos.
Já a doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten presente no trigo, centeio, cevada e aveia. “Quando o celíaco ingere alimentos contendo glúten, este produz lesão no intestino que no decorrer dos anos pode causar câncer. Os sintomas cessam com a retirada do glúten da dieta”, afirma a nutricionista.
Os sinais da doença celíaca referem-se à perda de peso, parada do crescimento, diarréia crônica, distensão e dor abdominal, irritabilidade, vômitos, entre outros. A recomendação da nutricionista Márcia é de que os pais fiquem atentos a estes sinais e procurem a Unidade Básica de Saúde mais próxima para obterem um diagnóstico preciso. “Hoje temos 10 pacientes carentes atendidos, mas é importante que os profissionais da área da saúde fiquem atentos aos sintomas já que estes podem ser facilmente confundidos”, alerta a nutricionista.
Objetivo - A distribuição de brinquedos no Natal teve como meta principal atrair a presença das crianças e assim poder fazer a vigilância nutricional. Durante a entrega foram pesadas e medidas, tendo as informações registradas no Sisvan para o acompanhamento crescimento e desenvolvimento. O trabalho conta ainda com uma parceria com o curso de nutrição da Faculdade Assis Gurgacz (FAG).
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XI Congresso Brasileiro da Mandioca: pesquisadores apresentam pré-mix para pão sem glúten, à base de derivados da mandioca.
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Empresas Parceiras
que apoiam o Projeto
"Celíacos na UEZO"
II Etapa - 2015/2016


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RJ: (21)3461-9779 /
SP: (11) 4007-2196
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Organizações
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"Celíacos na UEZO":
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Site riosemgluten.com
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Associação dos Celíacos do RJ
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